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Jair Bolsonaro
“Narrativas maldosas que destroem vidas”, disse Bolsonaro ao criticar prorrogação da investigação.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta terça (11) a 10ª prorrogação do inquérito das chamadas “milícias digitais” determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado acatou a um pedido feito pela Polícia Federal, que alegou que ainda há diligências pendentes.

O inquérito foi instaurado em 2021 para investigar a suposta existência de um grupo que teria como objetivo promover ataques à democracia e às instituições democráticas. Moraes deu um prazo de 180 dias para a PF seguir a apuração.

Bolsonaro classificou a prorrogação como “narrativas maldosas que destroem vidas e manipulam informações”, enquanto que o atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria tocando uma espécie de “gabinete da ousadia” para fazer uma articulação digital da esquerda.

“Após décima prorrogação do tal inquérito das milícias digitais, sem que nada seja feito contra a esquerda, mesmo com fatos revelados por eles mesmos diariamente, surge mais uma oportunidade para expor dados e não narrativas maldosas que destroem vidas e manipulam informações”, disse o ex-presidente nas redes sociais.

Jair Bolsonaro pontou ainda que “atenha-se aos fatos expostos pela própria imprensa e pelos membros da organização. Estamos certos de estar colaborando com a Democracia e ansiosos pela investigação da milícia digital do PT, revelada por eles mesmos todos os dias”.

A investigação foi iniciada em julho de 2021 derivada do inquérito dos atos antidemocráticos e, desde então, vem sendo prorrogada. De acordo com o STF, a apuração começou a partir de indícios da existência de uma organização criminosa, com atuação digital, que se articularia em diversos núcleos – político, de produção, de publicação e de financiamento –, com a finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Democrático de Direito.

Em maio de 2022, Moraes determinou a inclusão das investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por ataques às urnas eletrônicas no mesmo inquérito das milícias digitais.

Posteriormente, anexou ao inquérito outras diferentes investigações envolvendo Bolsonaro, como a suposta venda no exterior de joias recebidas de presente e a falsificação do cartão de vacina da Covid-19. Foi neste mesmo inquérito que Moraes autorizou a Operação Tempus Veritatis, em fevereiro, que mirou o ex-presidente, ex-ministros, aliados e militares por uma suposta tentativa de golpe de Estado que levou aos atos de 8 de janeiro de 2023.

Na ocasião, Bolsonaro foi alvo de um mandado de busca e apreensão do passaporte.

O relatório da CPMI do 8 de janeiro também passou a integrar as investigações do inquérito após um pedido da senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

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