O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta segunda (24) a falta de cobranças ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo aumento das queimadas na Mata Atlântica. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o bioma registra 3,7 mil focos de incêndio neste ano, uma alta de 47% na comparação com 2023.
A crítica de Bolsonaro ocorre principalmente por conta das cobranças que recebeu por uma situação semelhante nos dois primeiros anos de governo, em que a Mata Atlântica teve mais de 2,9 mil focos de incêndio em 2019 e cerca de 4 mil em 2020. Nos dois anos seguintes, houve uma queda para 3,6 mil e 2,3 mil.
“Pelo jeito os ‘doutô’ e os eCUlogistas só vão exigir providências e explicações aos CUmpanheitos quando a floresta virar pó e então vão cheirá-la toda, o que não está longe de acontecer”, disse o ex-presidente na rede social X (veja aqui).
A situação neste ano é agravada, ainda, pela disparada de focos de incêndio no Pantanal, que atingiu 3,2 mil focos até este domingo (23), uma alta de 2.134% na comparação com o mesmo período de 2023.
As queimadas no bioma pantaneiro são tão intensas que o estado do Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência.
No último sábado (22), o governo sulmatogrossense pediu reforço ao governo federal para combater as chamas, e teve a promessa de envio de 4 aviões do Exército e 3 do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além da expectativa de um efetivo de 50 homens da Força Nacional.
“Recebemos o contato, onde foi confirmado o deslocamento de duas aeronaves Air Tractor e mais 1 helicóptero para apoiar o combate no Pantanal. Esse nosso pedido foi apresentado na semana passada durante a reunião com o Ministério do Meio Ambiente, em Campo Grande”, disse Jaime Verruck, secretário de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento.
O envio das aeronaves para reforçar a operação que já conta com outros quatro equipamentos aéreos se dá por conta da magnitude das queimadas neste ano. O tempo ainda mais seco que o normal e o próprio período do ano – caracterizado pela baixa umidade relativa do ar – fizeram disparar a quantidade de queimadas.
Na última semana, a cidade de Corumbá chegou a ter uma muralha de fogo no horizonte e muita fumaça invadiu as ruas. As queimadas já devastaram uma área equivalente a três vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF