Sétimo depoimento de Bolsonaro à PF será nesta terça em inquérito que investiga suposta importunação de baleia no ano passado.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) volta à Polícia Federal nesta terça (27) para depor no inquérito que apura uma suposta “importunação” a uma baleia jubarte durante um passeio de moto aquática em junho do ano passado em São Sebastião, no litoral de São Paulo.

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Será o sétimo depoimento dele à PF desde que deixou o governo e o segundo neste ano. Na semana passada, ele prestaria esclarecimentos no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado, mas permaneceu em silêncio durante a oitiva.

O inquérito contra o ex-presidente foi instaurado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suspeita de um “possível crime de importunação intencional de espécies de cetáceos”, previsto em uma lei de 1987 que proíbe a pesca de animais como baleias e golfinhos nas águas jurisdicionais brasileiras.

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Bolsonaro está em São Paulo nesta segunda (26), após ter participado de um ato no domingo (25) com a presença de 750 mil pessoas e dezenas de políticos entre governadores, senadores, deputados e aliados.

No inquérito instaurado no ano passado, o MPF destaca que a suposta “importunação” foi constatada a partir de vídeos postados em redes sociais, que mostram uma pessoa conduzindo uma moto aquática a cerca de 15 metros da baleia jubarte. Bolsonaro seria o condutor do veículo.

“Todo dia tem uma maldade em cima de mim. A de ontem [de junho do ano passado] é que eu estou perseguindo baleias. A única baleia que não gosta de mim é aquela que está no ministério. É aquela que diz que eu queria dar um golpe no dia 8 de janeiro, mas aquela baleia some com os vídeos do seu ministério”, em referência ao ex-ministro Flávio Dino, da Justiça.

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Além de Bolsonaro, o advogado e aliado dele, Fábio Wajngarten, também vai depor à PF por ter acompanhado o ex-presidente no passeio. Na época, ele disse que “por inúmeras vezes avistou animais marinhos no Litoral Norte de São Paulo”, e isso “nunca gerou nem notícia, nem intimação processual”.

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“Existem inúmeras empresas locais que vendem esse serviço (passeios para avistamentos). Até mesmo os canais oficiais da Prefeitura divulgam esse tema em diversas postagens, durante o inverno, época em que as baleias são muito frequentes. Bastou Bolsonaro visitar o nosso litoral que a perseguição política, jurídica e midiática viesse à tona”, disse.

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