O governador do estado do Amazonas, Wilson Lima (União-AM), defende que o próximo candidato da direita na disputa pela sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa ser “menos radical”. Ele é um forte apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas afirma que é preciso buscar um “caminho de centro” para disputar a eleição de 2026.
Lima defede o legado deixado por Bolsonaro de “reavivar a direita”, mas vê que é preciso adotar um pragmatismo, que já vem ocorrendo no mundo.
“O mundo caminha para um processo de pragmatismo. A participação de Bolsonaro foi importante para reavivar a direita. Não enfraquece [com a inelegibilidade], mas busca um caminho de centro, de menos radicalismo”, disse em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta segunda (17).
Para ele, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) “tem sido um grande exemplo” desse tom mais pragmático.
Pragmatismo nas relações
Wilson Lima reconhece a força que a direita tem aliada a Bolsonaro, mas vê a necessidade do pragmatismo na relação de poder. O próprio partido dele, o União Brasil, é um exemplo disso, com um “entendimento entre os membros”.
“A gente tem essa participação no governo federal e precisa entender como isso caminha, não só no Executivo, mas também no Congresso”, afirmou em referência aos três ministérios que a legenda comanda no governo mesmo tendo filiados mais alinhados a Bolsonaro do que a Lula.
Dentro desta questão, Lima reconheceu os avanços na redução do desmatamento sob o governo Lula, atribuindo-os a um esforço conjunto entre prefeituras, estados e o governo federal. Ele destacou a importância do controle das fronteiras e lamentou a falha de comunicação durante a gestão Bolsonaro.
“O presidente Bolsonaro não conseguia comunicar de forma correta, mas estava certo no pensamento: não tem como preservar se não gerar oportunidade para as pessoas”, afirmou ressaltando que o combate ao desmatamento deve envolver a população em atividades produtivas, pois quem desmata geralmente busca sobreviver.
Por outro lado, Lima criticou a ênfase na fiscalização, que considera uma solução paliativa. Ele defende a criação de oportunidades para os moradores do Amazonas como forma de preservação.
Lima afirmou que tem uma “boa” relação com a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, apesar da oposição do ministério a atividades econômicas no estado. Ele defendeu o projeto de exploração de potássio em Autazes como a “mais verde do planeta”, comparando a emissão de CO² de navios que trazem potássio da Rússia com a operação local, que seria significativamente menor.
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