O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (5), que assinará na próxima terça-feira, decreto para facilitar a vida de caçadores, atiradores e colecionadores de armas, os chamados CACs. Sem entrar em detalhes, ele disse que o texto tratará de quantidade de munição e do transporte de arma municiada.
"Vou assinar [o decreto] na terça-feira, às 16h, pode ficar tranquilo. CAC não vai ter quantidade de munição. Vai poder transportar arma municiada. Quebrando o monopólio também", disse Bolsonaro.
A declaração foi dada após ser questionado por pessoas que o aguardavam na porta do Palácio do Alvorada. A fala de Bolsonaro sobre a quebra de monopólio não ficou clara.
Na última terça (30), o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, já havia anunciado que o presidente preparava um decreto sobre o tema para esta semana.
"Desde a campanha, o presidente vem imaginando permitir uma certa abertura no transporte [das armas] para caçadores, atiradores e colecionadores de armas. Especialmente dos atiradores, da sua casa para o estande de tiro, onde ele vai realizar o seu treinamento esportivo", disse o porta-voz.
Em janeiro deste ano, pouco após assumir o cargo, Bolsonaro assinou decreto que flexibilizou a posse de armas no País. Na ocasião, o texto foi considerado "tímido" pelos que defendem mais acesso a armas pela população.
Bolsonaro deixou a residência oficial, no início da tarde deste domingo, para participar do enterro da mãe de um ex-funcionário de seu gabinete na Câmara. A cerimônia ocorreu na cemitério Campo da Esperança, em Brasília. Segundo os presentes, trata-se da mãe de Eduardo Guimarães.
Na chegada ao local, o presidente cumprimentou pessoas que acompanhavam o cortejo e caminhou abraçado ao ex-funcionário. O filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também participou do enterro.
Nova York
Questionado sobre o cancelamento de sua ida a Nova York, prevista para a semana que vem, o presidente respondeu apenas que ainda "vai aos Estados Unidos", mas não detalhou itinerário, nem a data.
Na sexta-feira, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, divulgou nota em que comunicava a desistência de Bolsonaro de ir a Nova York receber o prêmio Pessoa do Ano, organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. O motivo do cancelamento foi a repercussão negativa da presença do presidente no evento, previsto para o próximo dia 14.
Bolsonaro vinha recebendo críticas de políticos americanos, principalmente do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, e do senador Brad Hoylman, ambos democratas. Os dois comemoraram a desistência do brasileiro.
No sábado, o vice-presidente Hamilton Mourão atribuiu o cancelamento a disputas internas nos EUA. "A realidade é que o presidente se sente incomodado pela atitude do prefeito de Nova York, que nada mais é do que uma disputa interna nos Estados Unidos", disse Mourão após participar da Festa Nacional da Cavalaria do Rio Grande do Sul, no município de Tramandaí. "O prefeito é democrata, o presidente Donald Trump é republicano e o presidente Jair Bolsonaro julgou por bem não se meter em algo que é uma disputa de outro país", afirmou o vice.
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