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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)| Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República

Em vídeo postado no seu perfil do X neste domingo (14), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao dizer que ele “é péssimo”. A crítica vem após elogios que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, fez ao petista, dizendo que ele havia feito bons governos e que tinha prestígio, diferentemente de Bolsonaro.

Após criticar diversos aspectos do governo petista, Bolsonaro disse no vídeo que o problema é que “nós estamos no mesmo barco. “Se alguém aqui, porventura votou no PT, pode ser que exista, tudo bem, pode ser que exista, não dá para comparar: eu posso ser um cara horrível, mas o outro cara é péssimo. Não tem como dar certo”, concluiu.

Na sexta-feira (12), trecho de uma entrevista que o Costa Neto concedeu ao jornal O Diário, da região de Mogi das Cruzes (SP), viralizou nas redes, inclusive entre petistas. Nele, o presidente do PL afirma que Lula é diferente de Bolsonaro porque "tem muito prestígio".

"Não tem comparação com o Bolsonaro. Completamente diferente. Primeiro que o Lula tem muito prestígio. Ele não tem o carisma que o Bolsonaro tem. O Lula tem prestígio, popularidade. Ele é conhecido por todos os brasileiros. Bolsonaro, não", afirmou durante a entrevista ao jornal paulista.

No sábado (13), Costa Neto recorreu ao seu perfil no X para se defender de críticas sofridas em razão dos elogios feitos a Lula. "Estão me atacando, usando uma fala minha sobre o Lula que está fora de contexto. A esses, deixo um recado: quem não tem lealdade e fidelidade, tem vida curta na política. Sou leal ao Bolsonaro e fiel aos meus princípios. Quem me conhece sabe que minha palavra não faz curva", afirmou.

Bolsonaro destaca queda no poder de compra entre outros problemas da gestão petista

O vídeo em que Bolsonaro aparece conversando com apoiadores foi gravado na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ). Durante o diálogo, ele falou da situação do país e conta relatos das pessoas com quem conversou sobre a queda do poder aquisitivo, a redução no volume de vendas e na margem de lucro de comerciantes em diferentes partes do Brasil.

O ex-presidente falou sobre uma possível quebra de safra para este ano, e a desmoralização que o setor do agronegócio, seus empresários e trabalhadores têm sofrido desde o início da gestão de Lula.

Ele também se referiu à volta de ações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), dizendo que “não tinha MST praticamente comigo”.  Bolsonaro ainda afirmou que a diminuição da violência em seu governo se deu à política de acesso a armas para “o pessoal de bem”.

Ao citar o déficit nas contas públicas, Bolsonaro mencionou que é um rombo de quase R$ 200 bilhões - a estimativa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em dezembro era de R$ 119 bilhões. “E quem vai pagar essa conta são vocês”, afirmou. “O mundo não perdoa, a economia não perdoa”, completou ele.

Outro ponto criticado pelo ex-presidente foi a política externa de Lula, ao afirmar que o presidente “não reconhece o Hamas como um grupo terrorista”. Além disso, Bolsonaro destacou que o Brasil voltou a emprestar dinheiro para “países ditatoriais, na verdade, parte é para obra, mas parte retorna para retroalimentar o poder político deles”.

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