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Política

Bolsonaro diz que prisões de ex-auxiliares visam delações premiadas para atingi-lo

Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em entrevista ao canal Te Atualizei (Foto: Reprodução/Youtube)

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Em entrevista ao canal Te Atualizei, divulgada neste domingo (13), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou as prisões preventivas decretadas a seus dois ex-auxiliares: o tenente-coronel Mauro Cid e o sargento Luis dos Reis. Para o ex-mandatário, as investigações visam forçar delações premiadas com o objetivo de atingi-lo. A entrevista exibida neste domingo foi gravada no dia 1° de agosto.

“O objetivo é sempre uma delação premiada. Vai delatar o quê? E o outro [objetivo], é me atingir”, disse Bolsonaro.

Eles foram presos em operação da Polícia Federal (PF), realizada em 3 de maio, contra supostas fraudes em cartões de vacina. Na ocasião, o capitão Sérgio Rocha Cordeiro também foi preso.

“Eu tenho dois auxiliares meus diretos presos, 90 dias. Têm dois que não eram diretos, mas estão presos ainda. São da ativa: o Cid e o sargento Reis. E cuja punição, se fossem culpados, podem até ser, eu não sei, não seria passível dessa preventiva que estão sofrendo agora”, disse Bolsonaro.

Na sexta-feira (11), Cid também foi alvo da uma operação que apurou a suposta tentativa de venda de presentes entregues por delegações estrangeiras à presidência da República.

Bolsonaro não se pronunciou sobre o assunto no programa. Em nota emitida na sexta-feira, a defesa do presidente negou qualquer desvio de bens públicos.

Bolsonaro criticou prisão de manifestantes do 8 de janeiro

Bolsonaro também mencionou a prisão dos manifestantes que participaram dos atos de 8 de janeiro. Na semana passada, 162 réus foram liberados por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“A gente tem esperança de um bom final nisso [CPMI do 8 de Janeiro]. Logicamente, a gente não esquece o sofrimento das 200 e poucas pessoas”, disse Bolsonaro.

Ex-presidente criticou Lula

Ainda durante a entrevista, Bolsonaro voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou que o petista teria retirado de sua segurança particular veículos blindados. Segundo ele, a retirada foi feita pela Casa Civil após o retorno dos Estados Unidos.

“Um ex-presidente tem direito a oito carros. Confesso que quando era deputado, achava exagero. Mas, no meu caso particular, eu não posso ir à padaria pelo assédio e também pela possibilidade de uma outra ação”, disse.

Bolsonaro também comentou sobre o direcionamento econômicos do governo Lula e também fez críticas à nova política de preços da Petrobras. Ele defendeu as políticas adotadas em seu governo, como a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis.

“E eu consegui junto com o Parlamento, não foi com a caneta BIC, zerar os impostos federais de todos os combustíveis: álcool, gasolina e gás de cozinha. Nós colocamos um teto no ICMS. Tinha estado que cobrava 35% de ICMS e mais 2% de Fundo de Combate à Pobreza. Tinha estado que cobrava R$ 2,32 de ICMS o litro da gasolina”, disse.

"Vou participar", diz Bolsonaro sobre atuação nas próximas eleições

O ex-presidente falou sobre a inelegibilidade e reforçou que continuará atuando nos bastidores da política e nas próximas eleições municipais. “Vou participar, se estiver em condições físicas, vou participar bastante. O grande jogo vai ser em 2026. São 56 vagas para o Senado. Vamos ter pelo menos um nome em cada estado. O número será 222″, disse.

E acrescentou: “Eu, inelegível, acho que posso trabalhar muito mais do que elegível [...] Se você dominar o Senado, no bom sentido, ter uma maioria que realmente seja responsável para fazer funcionar o Brasil, você muda o destino do Brasil”.

Outro tema da entrevista foi a vaquinha feita por apoiadores, que arrecadou R$ 17 milhões em doações por meio do Pix. "Eu não pedi, mas agradeço. Foi uma iniciativa de muita gente”, afirmou o ex-presidente.

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