O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou na noite desta terça-feira (31) que seguirá ativo na política e destacou a importância das eleições no Senado, realizada nesta quarta-feira (1º), afirmando ser um dia importantíssimo para todos os brasileiros. Segundo ele, caso o candidato Rogério Marinho (PL-RN) saia vitorioso do pleito, “nossa liberdade ganhará fôlego” e o Brasil terá certa normalidade.
Bolsonaro afirmou ainda que irá permanecer mais algum tempo nos Estados Unidos, sem especificar um prazo. As declarações aconteceram durante sua participação em um evento da comunidade brasileira na Flórida (EUA). Esse foi seu primeiro evento público desde que deixou o Brasil, no dia 30 de dezembro do ano passado.
“Amanhã (quarta-feira) é um dia importantíssimo para todos nós brasileiros, com a eleição da Mesa do Senado Federal, que representa para nós, de acordo com a chapa vencedora, a volta à normalidade, uma certa pacificação”, disse o ex-presidente, afirmando que deve permanecer mais um tempo nos Estados Unidos. “Estou há 30 dias aqui (EUA). Pretendo ficar por mais algum tempo, não tenho certeza. Estou com muita saudade do meu país”, declarou.
“Governo não vai durar muito tempo”
Durante seu discurso, Bolsonaro comentou a situação da política brasileira e afirmou que se o atual governo continuar como está, o presidente Lula (PT) não irá permanecer muito tempo no cargo. "Pode ter certeza, em pouco tempo teremos notícias. Por si só, se esse governo (Lula) continuar na linha que demonstrou nesses primeiros 30 dias não vai durar muito tempo", disse.
Ao ser questionado por apoiadores se iria disputar as eleições nacionais em 2026, Bolsonaro disse que seguirá ativo na política. “Eu acredito que tenha deixado muitas lideranças pelo Brasil. Tem muita gente boa que está chegando no Congresso. Não podemos abandonar a política. Ela faz parte da nossa vida. Eu tenho 67 anos e pretendo continuar ativo na política brasileira”, disse.
“Muita gente vem sendo injustiçada”
Bolsonaro voltou a citar também o resultado das eleições do ano passado, em que foi derrotado, afirmando que ainda há “uma interrogação” na cabeça de muita gente. “Há um choque ainda na cabeça de muita gente, o que aconteceu por ocasião das eleições, que eu posso dizer para vocês: eu nunca fui tão popular no ano passado, muito superior a 2018, e no final das contas a gente fica com uma interrogação na cabeça”, declarou.
O ex-presidente criticou novamente os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro, em Brasília, afirmando que o episódio não representa a direita, mas que muita gente vem sendo injustiçada. “A gente lamenta o que alguns inconsequentes fizeram no dia 8 de janeiro. Aquilo não era a nossa direita, não é nosso povo. O pessoal tem que ter consciência do que está fazendo. Tem muita gente sendo injustiçada lá e aquilo não é terrorismo pela nossa legislação, então tem gente que tem que ser sim individualizada as ações dessas pessoas e cada um pague por aquilo que fez. Agora 99,9% das pessoas da direita sabem o que querem, sabem se comportar”, afirmou.
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