Antes de deixar os Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que pretende reforçar o orçamento do Ministério da Educação com os R$2,5 bilhões pagos como multa pela Petrobrás através de um acordo firmado entre a estatal e autoridades americanas para compensar perdas de acionistas minoritários com os esquemas de corrupção.
“Temos um acordo aqui bastante complexo. A multa de R$ 2,5 bilhões da Petrobrás está voltando para o Brasil e pode ser aplicada em algo que não tem a ver com a empresa. Então pelo o que tudo indica, devemos levar esse recurso para o ministério da Educação”, anunciou Bolsonaro, que gravou uma “live” para as mídias sociais no hotel em Dallas, antes da saída.
O presidente se refere ao valor que quase virou o “Fundo da Lava-Jato”, e que agora podem ir para a educação. Segundo o presidente, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, teve papel fundamental para costurar o acordo. No início do ano início do ano, a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) havia proposto a criação de um fundo privado para gerir o dinheiro que iria bancar projetos de cidadania e anticorrupção.
Além disso, Bolsonaro voltou a criticar as manifestações de quarta-feira, chamando-a de passeata “Lula Livre” e disse que além do Ministério da Educação o de ciência e Tecnologia também pode ser beneficiado. “E eu gostaria que em parte também fosse levado para o ministério da Ciência e Tecnologia, porque temos que investir em pesquisa”, afirmou o presidente.
CNH
Segundo o presidente, outra ação será o cumprimento de uma promessa de campanha: o “combate à indústria da multa”. Admitindo não poder interferir nos radares municipais, Jair Bolsonaro disse que pretende conversar na semana que vem com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), sobre medidas para alterar o Código Nacional de Trânsito.
A novidade é a proposta de que o motorista seja punido por pontos ou pagando algum valor, mas não simultaneamente. “Não pode ser punido duas vezes pela mesma infração. Ou você tem uma punição pecuniária, dinheiro, ou tem ponto na carteira. Estamos estudando pra acabar de vez com a indústria da multa”, destaca.
Bolsonaro voltou a afirmar que pretende elevar de 20 para 40 o número de pontos para que um motorista seja suspenso.
Combustíveis
Jair Bolsonaro admitiu rever a política de preços da Petrobrás caso não prejudique a empresa, alegando ser cobrado nas ruas por conta dos aumentos no preço dos combustíveis:
“O preço do combustível é feito através do preço da Petrobras, que tem sua política de preços. Leva-se em conta o preço do barril do petróleo, e também a variação do dólar. Às vezes a política pode ter um equívoco”.
O presidente também disse que uma das soluções para a queda nos preços é de se conseguir aumentar a produção nas refinarias do país.
O ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque, também esteve nos Estados Unidos e participou da live com o presidente Jair Bolsonaro. Ele anunciou que, após uma reunião com empresários da petrolífera ExxonMobil, dona da marca Esso, em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, também participou, ficou acordado de que a empresa americana irá voltar a operar no Brasil depois de oito anos.
Caminhoneiros
Albuquerque anunciou também que testes com o cartão do caminhoneiro no próximo dia 20 de maio. A ideia é proteger motoristas de variações do preço do diesel:
"Ele vai dar mais segurança, facilidade e flexibilidade e vai garantir o preço do combustível com um cartão pré-pago por até 30 dias. Se o preço subir, o caminhoneiro vai ter a garantia do preço do diesel,. Se cair, pode pegar o dinheiro dele e comprar mais combustível", explicou.
ENTENDA: Anunciado por Bolsonaro, Cartão Caminhoneiro Petrobras ‘congela’ preço do diesel para cliente
Segundo o ministro, os testes serão feitos no Paraná, em São Paulo e no Rio de Janeiro. A partir de 25 de junho, o cartão valerá em todo o território nacional.
Moro no STF
O presidente também fez uma espécie de "retratação" sobre o fato de ter um compromisso para indicar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirmou que não fez acordo com Moro:
" Não teve nenhum acordo, nada. Quem me acompanhou ao longo de quatro anos, sabe que eu falava que precisamos de alguém no Supremo com o perfil de Moro. ", afirmou o presidente durante transmissão ao vivo em suas redes sociais.
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