Ex-presidente negou irregularidades em se hospedar na embaixada da Hungria dias depois de ter o passaporte apreendido pela PF.| Foto: reprodução/Rede Câmara SP
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O ex-presidente Jair Bolsonaro ironizou a polêmica provocada por sua estadia na embaixada da Hungria em Brasília, alvo de investigação – a Procuradoria-Geral da República acaba de entregar ao STF uma manifestação, e a defesa de Bolsonaro já enviou explicações. Em cerimônia na Assembleia Legislativa de Alagoas para receber o título de cidadão alagoano, Bolsonaro afirmou que “agora é crime ir à embaixada, mas ir ao Complexo do Alemão conversar com traficante não tem problema”. As informações são do site Poder360.

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A afirmação é referência aos episódios, durante a campanha eleitoral ou depois da posse do presidente Lula, em que o petista ou seus ministros foram a áreas do Rio de Janeiro dominadas pelo tráfico de drogas. Lula esteve no Alemão em outubro de 2022, na campanha do segundo turno, e no começo de 2023 Flávio Dino, então ministro da Justiça e Segurança Pública, foi ao Complexo da Maré. À época, policiais civis e militares, além de outros especialistas em segurança, afirmaram à Gazeta do Povo que esse tipo de visita seria impossível sem a concordância das facções criminosas que dominam as favelas.

Bolsonaro ainda aproveitou a ocasião para falar do caso em que foi investigado por suposta importunação de baleia no litoral paulista. Segundo o ex-presidente, o delegado encarregado do inquérito lhe disse que não tinha conhecimento de nenhuma outra pessoa que tivesse sido investigada ou processada por esse crime. “Inaugurei a lei do Sarney”, afirmou Bolsonaro – a lei foi sancionada em 1987. Em relatório, a Polícia Federal afirmou não haver motivos para indiciar Bolsonaro; cabe, agora, ao Ministério Público decidir se oferece denúncia contra o ex-presidente.

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