O presidente Jair Bolsonaro criticou neste domingo (18) a aprovação no Congresso do valor de até R$ 5,7 bilhões para o “fundão” eleitoral, dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022.
Ele não afirmou se irá sancionar ou vetar a proposta, mas deu pistas sobre o seu posicionamento. As declarações foram dadas em entrevista coletiva na saída do hospital onde o presidente estava internado em São Paulo.
“Eu sigo a minha consciência, sigo a economia, e a gente vai buscar dar um bom final pra isso tudo aí. Afinal de contas, eu já antecipo: seis bilhões pra fundo eleitoral? Pelo amor de Deus”, declarou Bolsonaro.
O presidente ainda afirmou que toda a população é prejudicada com esse valor destinado às campanhas eleitorais e que “o bom parlamentar não precisa de dinheiro para fazer campanha”.
Defesa de parlamentares que votaram a LDO
Na mesma entrevista, Bolsonaro saiu em defesa de parlamentares que, segundo ele, estão sendo atacados injustamente por terem votado favoravelmente à Lei de Diretrizes Orçamentárias. O valor destinado ao “fundão” é parte da LDO.
“Teve a votação da LDO, que interessava para o governo. Em um projeto enorme, alguém botou lá dentro essa casca de banana ou essa jabuticaba”, afirmou Bolsonaro.
O presidente ainda agradeceu aos parlamentares que aprovaram a LDO e disse que eles estão sendo “acusados injustamente de ter votado o “fundão””.
Além dos partidos do Centrão, que compõem a base do governo no Congresso, a votação do fundo eleitoral contou com o apoio de deputados e senadores bolsonaristas.
Durante a tramitação, apenas os partidos Cidadania, Psol, Podemos e PSL apoiaram uma mobilização feita pelo Novo para derrubar o fundo eleitoral. O partido apresentou ao plenário um pedido de alteração do texto-principal, o chamado “destaque”, para retirar das regras do Orçamento a previsão de um cálculo para o financiamento de campanha.
Com isso, o montante teria de ser definido na Lei Orçamentária Anual (LOA), a ser entregue pelo governo ao Congresso até agosto. Como há necessidade de cortar recursos, isso dificultaria o aumento. O pedido, porém, não conseguiu convencer a maioria das legendas.
A votação desse destaque apresentado pelo Novo foi simbólica, ou seja, sem a contagem nominal de votos. Dessa forma, não é possível saber exatamente como votou cada parlamentar em relação a esse tema, especificamente.
Ataques ao vice-presidente da Câmara
Bolsonaro atribuiu ao deputado Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara, o fato de parlamentares não terem conseguido derrubar o valor destinado ao Fundo Especial para Financiamento de Campanha.
Segundo o presidente da República, deputados quiseram votar separadamente, nos destaques, a mudança no valor do “fundão”, mas foram “atropelados” pelo parlamentar amazonense, que presidia a sessão.
“O responsável por aprovar isso aí é o Marcelo Ramos, lá do Amazonas. Ele é que fez isso tudo. Porque se tivesse destacado, talvez o resultado teria sido diferente. Então, cobre em primeiro lugar o Marcelo Ramos. Ele atropelou, passou por cima e não botou em votação o destaque”, afirmou Bolsonaro.
Dessa forma, o presidente da República repetiu a crítica feita pelo filho dele, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que também havia acusado Ramos de ter “atropelado” a possibilidade de votação do destaque para modificar o valor para o Fundo.
Em resposta, ainda na sessão de votação da LDO, Marcelo Ramos (PL-AM) atacou o filho do presidente. “Quero dizer ao deputado Eduardo Bolsonaro que ele deve ter coragem de assumir os seus votos, as suas atitudes e as suas posturas. Não exponho os colegas, não tergiverso sobre as minhas posições, mesmo quando elas são impopulares”, afirmou.
“É muito fácil, depois da votação simbólica, ir para a rede social dizer que votou contra e tentar transferir responsabilidade. Eu agi estritamente dentro das regras regimentais”, completou o vice-presidente da Câmara.
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