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Bolsonaro também foi alvo dos hackers presos na operação spoofing| Foto: Evaritos Sa / AFP

O grupo hacker preso na terça-feira (23) atacou celulares do presidente da República, Jair Bolsonaro. A informação foi transmitida pela Polícia Federal ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e já foi encaminhada ao presidente. Quatro pessoas presas sob suspeita de invasão de celular de autoridades estão custodiadas em Brasília.

Na nota, o Ministério da Justiça diz que, segundo a PF, "aparelhos celulares utilizados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, foram alvos de ataques pelo grupo de hackers preso na última terça feira (23)".

"Por questão de segurança nacional, o fato foi devidamente comunicado ao presidente da República", acrescenta a nota - que não informa se foi extraído conteúdo de conversas de aparelhos do presidente Jair Bolsonaro.

Quem são os presos

Na terça (23), foram presos Walter Delgatti Neto, em Ribeirão Preto; Danilo Cristiano Marques, em Araraquara; e Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila de Oliveira, em São Paulo.

Segundo a Folha de S. Paulo, Gustavo Santos já foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por porte ilegal de arma. O advogado Ariovaldo Moreira, que defende Santos, disse desconhecer o envolvimento de seu cliente com atividades de hackers. Segundo o defensor, Santos trabalha como DJ. Os familiares de Elias Santos dizem esperar que a prisão dele seja um erro de investigação.

Já Delgatti Neto, mais conhecido pelo apelido "Vermelho", tem um currículo criminal mais extenso, segundo apurou o site O Antagonista: ele foi preso e condenado por receptação, falsificação de documentos e porte ilegal de arma. Também é investigado por vários crimes de estelionato e foi detido em 2015 com uma carteira falsa de delegado de polícia. Além disso, é filiado ao DEM, um dos partidos que dão sustentação ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

Nesta quarta-feira (24), "Vermelho" também confessou à Polícia Federal que hackeou os celulares do ministro Moro, do procurador Deltan Dallagnol – coordenador da Operação Lava Jato no Paraná – e de centenas de procuradores, juízes e delegados federais, além de jornalistas.

Leia a íntegra da nota:

"O Ministério da Justiça e Segurança Pública foi, por questão de segurança nacional, informado pela Polícia Federal de que aparelhos celulares utilizados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, foram alvos de ataques pelo grupo de hackers preso na última terça feira (23). Por questão de segurança nacional, o fato foi devidamente comunicado ao presidente da República".

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