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Investigação

Bolsonaro é multado em R$ 2,5 mil mesmo após PF concluir que não houve importunação de baleia

Bolsonaro
Multa foi aplicada pelo Ibama pela suposta importunação de uma baleia no ano passado, mas PF concluiu o contrário. (Foto: Isaac Fontana/EFE)

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda (8) que foi multado em R$ 2,5 mil pelo Ibama mesmo após a Polícia Federal ter concluído que não houve a importunação de uma baleia jubarte em São Sebastião, em São Paulo, em junho do ano passado.

Bolsonaro postou o comprovante do auto de infração em uma rede social que afirma que ele teria infringido quatro artigos de duas leis ambientais por “molestar de forma intencional espécime de cetáceo em águas jurisdicionais brasileiras”.

A imagem postada por Bolsonaro aponta que o auto de infração foi emitido no dia 1º de abril pela Diretoria de Proteção Ambiental (Dipro), do Ibama. A infração, no entanto, conflita com a conclusão da PF, proferida um mês depois de Bolsonaro prestar depoimento sobre o caso.

“A PF concluiu que eu não molestei a baleia, mas o Ibama me dá 20 dias para se defender, com um boleto de R$ 2.500,00 de multa. Perseguição sem fim”, escreveu Bolsonaro nas redes sociais. O Ibama ainda não se pronunciou sobre a autuação.

O inquérito contra o ex-presidente foi instaurado no ano passado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suspeita de um “possível crime de importunação intencional de espécies de cetáceos”, previsto em uma lei de 1987 que proíbe a pesca de animais como baleias e golfinhos nas águas jurisdicionais brasileiras. A investigação apontou que Bolsonaro teria conduzido o jet ski a cerca de 15 metros de uma baleia jubarte.

O advogado do ex-presidente, Daniel Tesser, afirmou pouco depois do depoimento que “ficou claramente constatado, assim como no primeiro parecer do Ministério Público, que não houve importunação, não houve nenhuma das hipóteses do tipo penal que estão querendo imputar o presidente em razão do avistamento da baleia”.

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O ex-presidente também falou sobre o depoimento pouco depois à Revista Oeste, ressaltando que esperava o arquivamento do inquérito.

“No depoimento, confirmei que era eu no jet ski. Não vou negar, nem pedir perícia disso. Expliquei como tudo aconteceu. Eu vi um grupo de pessoas em embarcações, me aproximei e a baleia surgiu em uns 15, 20, 30 metros à minha frente. Deixei em ponto morto o jet ski e, quando ela mergulhou a segunda vez, dei ré e fui cuidar da minha vida, do meu passeio. Não tenho nenhum prazer em ficar vendo baleia por aí. A confusão está feita”, disse.

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