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Ex-presidente

Bolsonaro ironiza tentativa de associá-lo a Maduro após ditador questionar urnas do TSE

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) (Foto: EFE/André Borges.)

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou a tentativa de parte da imprensa brasileira de associá-lo ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, após o ditador esquerdista questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas usadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições brasileiras.

"Aqui temos 16 auditorias. Em que outra parte do mundo fazem isso? [...] No Brasil não auditam um único registro", disse para uma multidão apoiadora do chavismo. 

Ao repercutir a declaração do ditador membro do Foro de São Paulo e amigo do presidente Lula (PT), parte da imprensa brasileira disse que Maduro teria emplacado um “discurso bolsonarista” ao questionar as urnas eletrônicas do TSE.

Após o questionamento de Maduro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que não irá mais enviar observadores para as eleições presidenciais na Venezuela, marcadas para o próximo domingo (28). 

O TSE havia sido convidado pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) para acompanhar as votações no país.

Maduro também criticou o sistema eleitoral da Colômbia que, segundo ele, "não auditam nenhum registro", e dos EUA.

A declaração contra o Brasil ocorre dias depois de o presidente Lula ter demonstrado "preocupação" com a fala de Maduro sobre "o banho de sangue" e "guerra civil" que haverá na Venezuela se ele perder as eleições presidenciais.

Ao comentar sobre o caso, o jurista André Marsiglia, especialista em liberdade de expressão – e defensor do direito de questionar o sistema eleitoral, normal em uma democracia –, afirmou que, caso a Corte eleitoral e o Supremo Tribunal Federal (STF) seguissem as mesmas regras utilizadas no passado, Maduro deveria ser investigado por dizer que o Brasil não audita “um único registro” de voto. 

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