O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disparou contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na manhã desta quarta (3), dizendo que ele é “dominado pelo ódio, mentira e traição”. A crítica ocorre após sucessivos ataques do petista que já o chamou de “latrina” e “incompetente” e o acusou de ter tentado dar um golpe de Estado.
Em uma longa postagem nas redes sociais, Bolsonaro falou dos feitos de sua gestão entre 2019 e 2022 e afirmou que Lula “não está com suas faculdades mentais normais”.
“Qualquer inocente sabe que o filho do sistema não está com suas faculdades mentais normais. Um indivíduo dominado pelo ódio, pela mentira e pela traição”, disse (veja na íntegra).
Apesar de disparar contra o presidente, Bolsonaro desejou a ele que “melhore o mais rápido possível para o bem do Brasil”.
Bolsonaro ainda afirmou que a picanha – que Lula usou durante toda a campanha como chamariz, de que os brasileiros voltariam a comer o caro corte – “virou abóbora” e que “se transformou em pé de galinha”.
“O chefe da organização então taca imposto na cervejinha e na picanha, os principais produtos que fez campanha enganando o eleitor”, apontou em referência à discussão da cesta básica de alimentos que terá isenção após a conclusão da reforma tributária.
Isso porque as bebidas alcoólicas podem ter incindido o chamado “imposto do pecado”, e os cortes de carne podem ficar de fora da isenção dada apenas a proteínas como frango e alguns peixes.
“Toda a lógica governamental se inverteu: diminuíamos gradativamente o estado, fechávamos as contas com superávit, distribuímos mais recursos a estados e municípios, descentralizando o poder do Executivo Federal, reduzíamos impostos e aumentávamos a arrecadação”, pontuou Bolsonaro.
O ex-presidente ainda comentou sobre apreensão de drogas, males do aborto, retirada “do poder do MST”, escolas cívico-militares, independência do Banco Central – que Lula tem criticado constantemente nas últimas semanas – entre outros temas.
“Hoje, o sistema voltou”, concluiu.
No último final de semana, Bolsonaro afirmou que foi tirado da presidência pelo “sistema”, mas afirmou que a direita voltará ao poder em 2026. Esse caminho será pavimentado a partir das eleições municipais deste ano.
“Não foram vocês que me tiraram de lá. Foi o sistema. Mas nós vamos vencer o sistema”, disse Bolsonaro em um evento no Pará, ressaltando que seu governo estava no “caminho certo” e que houve uma interferência no final de 2022.
Durante o discurso, Bolsonaro destacou o “carinho” que recebe em “todo lugar do Brasil” e afirmou que, apesar das “perseguições e ameaças”, prefere estar ao lado do “povo que nunca me abandonou”.
Sem citar diretamente o nome do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro criticou a gestão petista, referindo-se a ele como “um presidente sem povo” e afirmando que “nem o nordestino engole este cara”.
Também apontou que os ministros de Lula são “incompetentes ou ficha suja”, contrastando com seu próprio governo, onde, segundo ele, “não houve corrupção”. Ele afirmou que sua administração colocou um “ponto final na corrupção” e que atualmente “todo dia tem um escândalo”.
“O controle das mídias não permitiriam essas imagens chegar até você. O bem vencerá o mal. O Brasil é a Terra Prometida”, disse mais tarde em uma rede social.
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