O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) respondeu, na manhã desta sexta (18), às declarações da defesa do tenente-coronel Mauro Cid de que ele teria mandado seu ex-ajudante de ordens negociar joias recebidas por ele enquanto ocupava a presidência da República.
“Ele [Mauro Cid] tinha autonomia”, disse Bolsonaro ao jornal O Estado de São Paulo durante um evento em Abadiânia (GO), onde será homenageado. Ele afirmou, ainda, que quer “clarear o mais rápido possível” o caso das joias, que levou a um pedido de quebra de sigilos bancário e fiscal junto da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A própria Michelle disse, mais cedo, que poderia colocar os sigilos à disposição das autoridades se lhe fosse pedido. “Pra quê quebrar meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir! Quem não deve, não teme”, afirmou em uma postagem nas redes sociais.
A quebra dos sigilos do casal foi pedida pela Polícia Federal ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada no âmbito das investigações que levaram à deflagração da Operação Lucas 12:2, que descobriu que Cid e o pai, general Lourena Cid, articulavam o esquema para a venda das joias recebidas de presente a joalherias dos Estados Unidos.
O esquema levou o novo advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, traçar uma linha de defesa afirmando que o militar apenas cumpria ordens de seus superiores – o ex-presidente Bolsonaro – e chegou a articular uma proposta de confissão para esclarecer ao STF a participação no esquema. No entanto, no dia seguinte ao anúncio, o advogado mudou a versão e afirmou que a colaboração não vai tratar das joias.
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