Após receber o prêmio Personalidade do Ano, nos Estados Unidos, o presidente da República, Jair Bolsonaro, recebeu nesta segunda-feira (20) a Medalha do Mérito Industrial concedida pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro). Presidente da federação, Eduardo Eugenio Gouvea Vieira afirmou que o prêmio foi concedido por ter editado a MP da Liberdade Econômica, que busca desburocratizar investimentos. A honraria também já foi entregue ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Durante o discurso de premiação, Bolsonaro repetiu conceitos da carta que divulgou na sexta (17), acusando "corporações" de boicotar seu governo. Ele reclamou que a todo momento tentam desmoralizá-lo, sem citar nomes, e que se a Câmara dos Deputados e o Senado têm proposta melhor do que do governo para a reforma da Previdência, "que apresente", conclamou.
"O Brasil é um país maravilhoso, que tem tudo para dar certo. Mas o grande problema é a nossa classe política", disse ele, pedindo apoio do governador e do prefeito do Rio, Wilson Witzel (PSC) e Marcelo Crivell (PRB). "Nós temos que mudar isso", completou. Na sexta, Bolsonaro havia compartilhado texto que dizia que o Brasil é "ingovernável", já que o Congresso está a serviço de corporações que se opõem a mudanças.
"Cada vez que eu toco o dedo numa ferida, um exército de pessoas influentes vira contra mim", afirmou, conclamando os presentes a pressionar seus parlamentares a votar propostas to governo. "Nós temos uma oportunidade ímpar de mudar o Brasil. Mas não vou ser eu sozinho - apesar de meu nome ser Messias - que vou conseguir."
Apoio aos empreendedores
Durante a fala, Bolsonaro buscou proximidade com o grupo de empreendedores. "Os senhores são verdadeiros heróis, pelo que têm de enfrentar das autoridades municipais, estaduais e do executivo federal", afirmou o capitão da reserva.
“Eu tenho enfrentado grupos corporativistas, é uma vontade enorme de colocar o Brasil onde ele merece. E grande parte desse sonho passa pelos senhores, os empreendedores", disse, referindo-se aos empresários e industriais presentes ao evento.
"O que eu tenho que oferecer a vocês é o meu patriotismo, a humildade, e a coragem de enfrentar grupos corporativistas e uma vontade enorme de colocar o Brasil no lugar que ele merece", afirmou.
Manifestações a favor da previdência
O texto compartilhado pelo presidente vem sendo usado para incentivar a convocação de apoiadores para manifestações no próximo domingo (26). Contudo, em entrevista após a cerimônia, o porta voz da presidência, Otávio do Rego Barros, disse que Bolsonaro ainda não decidiu se participará de manifestações no domingo.
Os protestos pedem a aprovação de decretos do governo, como a da reestruturação do Executivo, e da reforma da Previdência.
Em seu discurso, Bolsonaro afirmou que não há crise entre poderes e voltou a criticar a imprensa. Segundo o presidente, "não há briga entre os poderes, o que há é uma grande fofoca. "E como não conseguem nos derrubar por medidas outras ficam o tempo todo metendo uma cunha entre nós", disse Bolsonaro.
Ele criticou, porém, o ritmo das votações no Congresso, dizendo que a convocação das manifestações de domingo foi mais ágil. "O que mais quero é conversar [com o Congresso]. Mas eu sei que tem gente que não quer apenas conversar", continuou, sem especificar quem seriam e quais os interesses desses últimos.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF