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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (8) que não tem mágoas do pastor Silas Malafaia que o chamou de "covarde", "omisso" e "porcaria de líder" ao falar sobre a eleição para a prefeitura de São Paulo.
Em entrevista ao jornal O Globo, Bolsonaro defendeu a necessidade de união da direita para a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). “Eu amo o Malafaia. Ninguém critica mulher feia. Ele ligou a metralhadora, mas isso passa”, disse Bolsonaro.
O pastor é considerado um dos principais aliados do ex-mandatário desde 2018. Nunes disputará o segundo turno contra Guilherme Boulos (Psol). Oficialmente, Bolsonaro apoia o atual prefeito, mas o próprio ex-presidente admitiu ter feito uma participação “bastante discreta” na campanha paulista, porque “havia uma dúvida” se “poderia atrapalhar”.
Além disso, Pablo Marçal conseguiu angariar votos entre os apoiadores do ex-presidente, contudo, foi o terceiro colocado no pleito. Malafaia afirmou que Bolsonaro se omitiu por medo de ser derrotado pelo ex-coach.
O pastor disse que não é papel de um líder guiar-se exclusivamente pelas redes sociais. "Que porcaria de líder é esse?", questionou Malafaia em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
“Um político é reconhecido por seus posicionamentos. Qual foi a sinalização que o Bolsonaro passou? ‘Eu não sou confiável em meus apoios políticos’. Quem vai fazer aliança com um cara que não é confiável? O que ele fez em São Paulo e no Paraná [onde se comprometeu anteriormente com alianças] foi uma vergonha”, disse o pastor à Folha.
Para Malafaia, a atuação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi o destaque positivo na campanha de Nunes. “O governador de São Paulo me ganhou. Mostrou que é político, que é líder. Não se preocupou com rede social ou crítica. Qual foi o vídeo que Bolsonaro fez apoio direto a Nunes? Teve um vídeo direto chamando Marçal de enganador?”, afirmou.
Nunes e Flávio comentaram críticas de Malafaia a Bolsonaro
Questionado sobre as declarações de Malafaia, Nunes disse que o “calor de campanha” pode ter influenciado nas críticas. “Eles são amigos há tantos anos… Eu não vou interferir na relação de amizade deles. É calor de campanha. Eu tenho uma relação com o Bolsonaro que é recente e com o pastor Silas Malafaia [a relação também] é muito boa, admiro o trabalho dele”, citou o atual prefeito.
Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu que o pai “fez o que tinha que ser feito” em São Paulo. “Roupa suja se lava em casa, e não em público. O presidente Bolsonaro fez o que tinha que ser feito, no momento certo, e foi decisivo para o cenário em São Paulo. Se não fosse Bolsonaro, Ricardo Nunes não estaria no segundo turno”, disse o senador.
“Assim como foram decisivos Tarcísio e Malafaia, cada um na sua função, como um time de futebol, que não ganha só com atacantes. A fase agora é de distensionamento e, sem orgulho e vaidade, vamos juntos vencer a extrema esquerda em São Paulo”, acrescentou.
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