Ex-presidente Jair Bolsonaro afirma que a estratégia de Alexandre de Moraes é tirá-lo da política com sucessivas condenações.| Foto: reprodução/assessoria Rosana Valle
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta (3) que a segunda condenação à inelegibilidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é para alijá-lo da política. A declaração foi dada durante uma visita à cidade de Santos com a deputada federal Rosana Valle (PL-SP), em que comentou as duas decisões que o deixaram inelegível até 2030.

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Na última terça (31), a maioria dos ministros do TSE o condenou por suposto abuso de poder político ao utilizar as comemorações do Bicentenário da Independência de 7 de Setembro de 2022 para, segundo os magistrados, fazer campanha eleitoral à reeleição.

“É o que eu costumo dizer: você briga em casa com sua esposa e vai recorrer para a sogra? A gente está vendo qual a estratégia nossa, se bem que não tem estratégia. Estratégia é o que o Alexandre de Moraes quer. E a gente sabe o que ele quer. É me alijar da política”, disse Bolsonaro ao ser questionado por jornalistas sobre a segunda condenação.

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Na primeira, em junho, Bolsonaro foi condenado pela reunião com embaixadores em julho do ano passado em apresentou dúvidas sobre a execução do processo eleitoral brasileiro. Em ambos os processos, o ex-presidente alega que tem sido perseguido pelo ministro Alexandre de Moraes, que preside o TSE.

Ainda nesta sexta (3), Bolsonaro afirmou que o magistrado vem “tendo vitória, mas tudo nessa vida é dinâmico”. Além do ex-presidente, o general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice, também foi condenado pelo TSE.

Se mantidas as condenações pelo TSE após a defesa recorrer, Bolsonaro só poderá voltar a disputar cargos eleitorais a partir de 2030. Partidos da direita ainda acreditam em uma virada, mas já se articulam para ter um candidato para a disputa presidencial de 2026.

Antes disso, nas eleições municipais do ano que vem, o PL pretende conquistar mil prefeituras pelo país, o que pode dar sustentação e um plano melhor de articulação para o candidato que vier a ser escolhido para a sucessão presidencial. Entre as principais opções, estão os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG).

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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