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O presidente Jair Bolsonaro se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um jantar em West Palm Beach, na Flórida, no sábado (7). Na pauta da reunião entre os dois líderes estava um pacotão comercial, com acordos na área militar, a situação política na América Latina e no Oriente Médio, o ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o plantio de um trilhão de árvores.
Negócios entre os dois países
Durante o jantar Bolsonaro e Trump destacaram os potenciais benefícios da ampliação das relações econômicas bilaterais para trabalhadores e empresas no Brasil e nos Estados Unidos. O objetivo é aprofundar discussões para um pacote bilateral de comércio, que seria implantado ainda em 2020, para intensificar a parceria econômica.
Outro tema em debate foi a participação do Brasil no programa de Operadores Econômicos Autorizados, que agilizará o comércio entre os dois países ao garantir a segurança dos bens importados, com objetivo de entrada no programa em 2021.
No encontro, Trump reiterou o apoio dos Estados Unidos ao ingresso do Brasil à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), anunciado em 2019, e confirmado com apoio formal no início deste ano.
Em relação ao acordo cooperação bilateral, os presidentes registraram avanço em outras áreas, como pesquisa e desenvolvimento militar, aeroespacial, de ciência e tecnologia, saúde e inovação. Também está prevista a assinatura de um memorando de entendimento no âmbito do programa América Cresce, para estimular o desenvolvimento econômico no hemisfério.
Acordo de cooperação militar
Neste domingo (8), Brasil e Estados Unidos assinaram um acordo na área militar para desenvolvimento de projetos futuros. A cerimônia foi no Comando Sul (U.S. Southern Command), na Flórida, com a presença do presidente Jair Bolsonaro, do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Brasil, Tenente-Brigadeiro Botelho, e dos ministros Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Ernesto Araujo (Relações Exteriores), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
O Acordo de Pesquisa, Desenvolvimento, Teste e Avaliação (RDT&E, sigla em inglês), segundo o Ministério da Defesa, abre caminho para aperfeiçoar ou prover novas capacidades militares e baliza acordos posteriores entre os dois países.
Com a assinatura, o governo brasileiro espera facilitar seu acesso ao mercado norte-americano na área de defesa e facilitar a entrada de produtos brasileiros em outros 28 países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Política internacional
O apoio de Brasil e Estados Unidos à democracia na América Latina também esteve em pauta durante o jantar no último sábado (7) entre os presidentes. Eles reiteraram o apoio ao presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, e à Assembleia Nacional da Venezuela. Os presidentes também discutiram o apoio aos esforços da Bolívia para a realização de eleições livres e justas.
Em relação ao Oriente Médio, Bolsonaro e Trump reforçaram o compromisso com a paz e a prosperidade na região. Durante o jantar, Bolsonaro elogiou a visão dos EUA para a coexistência pacífica entre o Estado de Israel e um Estado palestino após Trump anunciar em janeiro um plano para o conflito.
- Jantar com Presidente @realDonaldTrump
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 8, 2020
- Mar-a-Lago/Flórida/USA. pic.twitter.com/4EzmAj85dR
Meio ambiente
Outra tema em debate durante a visita de Bolsonaro a Donald Trump foi o meio ambiente. Os presidentes discutiram a iniciativa de plantar um trilhão de árvores até 2050, por meio de ações coletivas de todos os setores da sociedade com o objetivo de combate à degradação.
Com foco em pesquisa conjunta e promoção de novas tecnologias, os dois países ainda devem realizar a assinatura do Plano de Trabalho Brasil-Estados Unidos para Ciência e Tecnologia 2020-2023.