O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi recebido pelo mandatário russo, Vladimir Putin, nesta quarta-feira (16), no Kremlin, em Moscou. Em um breve diálogo em frente às câmeras da imprensa, antes da reunião bilateral, Putin salientou que o Brasil é o principal parceiro comercial da Rússia na América Latina e deu boas-vindas a Bolsonaro.
Ao agradecer o convite, o presidente disse que o Brasil é "solidário à Rússia" – sem especificar o assunto ao qual estava se referindo – e que os países têm muito a colaborar em várias áreas, citando defesa, petróleo e gás e agricultura. "Tenho certeza de que até mesmo a nossa passagem por aqui dá um retrato para o mundo de que nós podemos crescer muito com nossas relações bilaterais". "Tenho certeza que esse encontro será muito produtivo para nossos povos", concluiu.
A visita ocorre em um momento de elevada tensão na região do leste europeu e alertas de potências ocidentais para uma possível invasão russa ao território ucraniano. O mandatário russo enviou cerca de cem mil soldados para as fronteiras com a Ucrânia, em uma tentativa de dissuadir a vizinha de ingressar na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e impedir a ampliação da aliança ocidental sobre a região.
No encontro, Bolsonaro também agradeceu Putin pelo indulto concedido ao brasileiro Robson Nascimento de Oliveira, ex-motorista do jogador Fernando que ficou preso na Rússia por dois anos por tentar ingressar no país com um medicamento legalizado em território brasileiro, mas proibido na Rússia.
Os dois líderes devem fazer uma declaração à imprensa após o encontro.
Brasil e Rússia firmam protocolo de segurança
Brasil e Rússia firmaram um protocolo de proteção mútua de informações classificadas, segundo informaram os chanceleres de Brasil e Rússia, Carlos França e Sergey Lavrov, que estiveram reunidos nesta quarta-feira (17), em Moscou, em uma sessão de diálogo político-militar bilateral que também contou com a presença dos ministros da Defesa de Brasil e Rússia, general Walter Braga Neto e o general Sergey Shoigu.
De acordo com França, o entendimento bilateral é importante porque facilita a cooperação em tecnologia de ponta e áreas sensíveis.
“A Rússia é para o Brasil uma referência mundial no desenvolvimento tecnológico, sobretudo no ramo da indústria de defesa. O Brasil privilegia oportunidades de transferência de tecnologia em suas parcerias internacionais nesse setor de defesa”, disse o chanceler brasileiro, que informou que o acordo foi firmado pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e sua contraparte russa, o general Nikolai Patrushev.
Durante a reunião, que ocorreu durante a visita do presidente Jair Bolsonaro à Rússia, os quatro ministros discutiram sobre: parâmetros para implementar uma parceria estratégica entre Brasil e Rússia no campo da pesquisa e desenvolvimento de projetos comuns na área da defesa; temas da conjuntura internacional; e questões do Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde o Brasil ocupa um assento rotativo no biênio 2022-2023.
Após o encontro, Shoigu salientou que o Brasil é "um importante parceiro estratégico da Rússia na América Latina". "Estou convencido de que o diálogo entre os departamentos de defesa de nossos países servirá para fortalecer a segurança e a estabilidade na região", afirmou, destacando também que a cooperação nas áreas de defesa e técnico-militar contribui para o desenvolvimento dinâmico das relações entre a Rússia e o Brasil.
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