O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não vai cumprir o acordo entre o WhatsApp e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a nova ferramenta do aplicativo que permite grupos com milhares de pessoas só comece a funcionar no Brasil após o segundo turno das eleições.
"Isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo não tem problema, mas abrir uma excepcionalidade para o Brasil é inadmissível e inaceitável, e não vai ser cumprido esse acordo", disse Bolsonaro na manhã desta Sexta-feira Santa (15) durante sua participação na motociata "Acelera para Cristo", na Rodovia dos Bandeirantes, uma das principais ligações de São Paulo com o interior do Estado.
O presidente não deixou claro, no entanto, de que forma deixaria de cumprir o acordo, uma vez que o compromisso foi firmado entre uma empresa privada e a Justiça Eleitoral.
Em caráter experimental, o aplicativo anunciou nesta quinta-feira (14), um recurso que permite a criação de comunidades com milhares de pessoas, mas que, pelo trato feito com o TSE, não será disponibilizado no Brasil até o fim das eleições.
"Queremos um Brasil realmente livre, próspero, com liberdade total, não é apenas de ir e vir, é liberdade de expressão, de opinião, de credo, é esse o Brasil que nós queremos, e por isso eu dou a minha vida, por ter certeza disso", afirmou ele.
O presidente também fez ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve ser seu principal adversário nas eleições de outubro. "Imaginem se no meu lugar estivesse o ladrão petista?", disse.
Bolsonaro chegou ao local por volta das 9h45 e parou para cumprimentar apoiadores. Durante o trajeto, ele utilizou um capacete do tipo "coquinho", incompatível com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), cometendo uma infração. O presidente fez o percurso até município de Americana, a 130 km da capital.
Outras autoridades como o ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao governo de São Paulo, o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o ex-secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif, também participaram do evento.
"Uma participação fantástica. Demonstra que a população quer democracia, liberdade, respeito, transparência. Que o ideal seja a legalidade. Então, está de parabéns aqui o povo de São Paulo", declarou Bolsonaro durante transmissão ao vivo ao longo do trajeto da motociata.
Motociata de R$ 1 milhão
À "CNN", o governo de São Paulo revelou que a estimativa da Secretaria de Segurança Pública para fazer a segurança da motociata é de aproximadamente R$ 1 milhão. A estimativa dos organizadores é que mais de 2 milhões de motociclistas compareçam ao evento. Cerca de 1,9 mil policiais militares fora mobilizados ao longo do percurso. A rodovia teve sua pista sentido interior, trecho entre São Paulo e Santa Bárbara D’Oeste, interditada desde 8h desta sexta. Antes de 14h desta sexta, a via já estava liberada.
Segundo apurou a colunista do "O Globo" Bela Megale, o empresário Jackson Vilar da Silva, que aparece como um dos organizadores da motociata, teria recebido R$ 5,7 mil de auxílio emergencial do governo federal entre abril de 2020 e outubro de 2021. Silva também já foi candidato a deputado federal pelo PROS em 2018.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF