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STF

Bolsonaro pede afastamento de Moraes de investigações sobre suposta tentativa de golpe

Jair Bolsonaro
Defesa de Bolsonaro pediu ao STF que Moraes seja afastado da investigação sobre suposta tentativa de golpe de Estado. (Foto: Elaine Menke/PL.)

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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ministro Alexandre de Moraes seja afastado da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Moraes é o relator do caso. O pedido foi encaminhado nesta quarta-feira (14) ao presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso.

Os advogados protocolaram uma arguição de impedimento contra Moraes. Eles argumentam que o relator seria uma das vítimas do suposto plano de golpe e, por isso, não poderia conduzir a investigação “pelo seu nítido interesse na causa”.

"Uma narrativa que coloca o ministro relator no papel de vítima central das supostas ações que estariam sendo objeto da investigação, destacando diversos planos de ação que visavam diretamente sua pessoa", disse a defesa do ex-presidente.

Na semana passada, a Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis para investigar a preparação de um golpe de Estado em 2022 com objetivo de manter Bolsonaro no poder após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa eleitoral. O ex-presidente foi alvo da operação e teve o passaporte apreendido. Ele nega ter participado de uma tentativa de golpe de Estado e classificou a investigação como “perseguição”.

De acordo com a investigação, Moraes teria sido monitorado no final de dezembro de 2022 por um coronel da reserva que assessorava o ex-mandatário. Na decisão que autorizou a operação da PF, Moraes apontou que ele e outras autoridades foram monitorados para fins de “captura e detenção, nas primeiras horas que se seguissem à assinatura do decreto de golpe de Estado”. A defesa de Bolsonaro também solicitou ao STF que anule as determinações do relator no âmbito da investigação.

"Ao longo das 135 laudas da decisão, mais de 20 (vinte) menções à pessoa do Relator são feitas, bem como são delineados episódios que expõem a vulnerabilidade do magistrado frente a suposto monitoramento e plano elaborado pelos investigados, delineando um contexto que torna evidente e fortemente questionada a sua imparcialidade objetiva e subjetiva para decidir nestes autos, dada sua posição de vítima", afirmam os advogados.

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