O presidente Jair Bolsonaro prometeu apresentar até terça-feira (4) uma proposta que aumenta de cinco para dez anos a validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Além disso, ele quer que o motorista só perca a habilitação caso alcance 40 pontos em infrações, o dobro do que a legislação atual prevê.
Bolsonaro relatou que conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a possibilidade de conduzir o tema por medida provisória. Ouviu do parlamentar que seria melhor por projeto de lei.
"Logicamente, não tem urgência, eu reconheço, mas (uma MP) entra em prática imediatamente, essa que seria a ideia. Mas o Rodrigo Maia... tudo bem, eu estou de boa com o Rodrigo, sem problema nenhum, e segunda ou terça-feira a gente entra com o projeto", declarou o presidente da República, após participar de almoço neste sábado (1) na casa de um amigo, no Lago Sul, em Brasília. "Se a Câmara quiser alterar (os 40 pontos), eles alteram", acrescentou.
Questionado sobre a relação com o Congresso uma semana depois de manifestantes irem às ruas para defender o governo e colocarem Maia e os parlamentares como alvos, Bolsonaro relatou que tem procurado construir uma boa relação com deputados e senadores.
"Estou bem com o Parlamento, fui muito bem recebido por umas 50 deputadas na terça ou quarta. Está indo bem, tenho viajado, nas minhas viagens levo em média cinco parlamentares comigo, tenho recebido em média uns 15 parlamentares por dia, nenhuma pergunta, nenhum pedido constrangedor. Temos conversado coisas boas."
Ao definir governabilidade, assunto pelo qual é criticado, o presidente classificou como "estar todo mundo em paz" e, em alguns casos, o povo entender que precisa ser sacrificado.
Ele relatou que, como presidente da República, tem uma vida com "dificuldades", mas não quis falar em erros nos cinco meses de governo. "Não posso falar onde errei, a responsabilidade é minha."