O presidente Jair Bolsonaro informou nesta quarta-feira (22) que enviará ao Poder Legislativo um projeto de lei que gerará uma receita para a máquina pública superior à economia prevista com a reforma previdenciária.
Em café da manhã com a bancada nordestina, no Palácio do Planalto, ele disse que ainda não pode dar detalhes sobre a iniciativa, mas afirmou que que será aprovada com facilidade.
A expectativa do texto inicial apresentado pela equipe econômica era de que a reforma previdenciária geraria uma economia de cerca de R$ 1 trilhão em dez anos, em comparação ao valor que o governo gastaria em caso de manutenção das regras atuais de aposentadoria e pensão.
Com a desidratação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a estimativa baixou para cerca de R$ 800 bilhões.
"Não quero adiantar aqui. Brevemente, estará sendo apresentado aos senhores um projeto que, com todo o respeito ao Paulo Guedes, a previsão é de termos dinheiro em caixa maior do que a reforma previdenciária em dez anos", disse.
O presidente disse ainda que "ninguém reclamará da iniciativa" e e que ela "será aprovada por unanimidade" tanto na Câmara como no Senado.
O presidente não deu maiores detalhes sobre a iniciativa. Segundo assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, trata-se de uma proposta que ainda está em fase embrionária.
No mesmo discurso, Bolsonaro disse que não pretende criar novos impostos ou elevar a carga tributária no país. "Ninguém aguenta mais essa questão", disse.
Em uma breve fala, o presidente reconheceu que nem toda a sua equipe ministerial tem "tato político", mas ressaltou que todos são bem-intencionados e têm desejo de acertar.
Ele lembrou que fará na sexta-feira (24) sua primeira viagem oficial ao Nordeste e disse que, no exercício do mandato, tem aprendido mais com os deputados e senadores do que com os governadores.
"Com todo o respeito que nós temos a todos os governadores, o somatório de vocês é muito maior do que os governadores", afirmou.
Equipe econômica desconhece projeto
Questionado sobre a afirmação do presidente, o secretário Especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior, afirmou que não tem informação sobre esse projeto capaz de trazer uma receita trilionária à União.
"Nós [a equipe econômica] não temos informação sobre esses projetos que podem trazer uma receita na magnitude da esperada com a PEC 06/2019", afirmou o secretário Especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior.
O secretário disse, ainda, que esse assunto deverá ser tratado pelo Planalto posteriormente.
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