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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou, em pronunciamento na noite desta quarta-feira (8), que o Brasil vai receber matéria-prima da Índia para manter a produção de hidroxicloroquina no país até sábado (11). Os insumos serão enviados após ter conversado na última semana com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, pedindo o desbloqueio da exportação desses insumos farmacêuticos.
“Receberemos até sábado, matéria-prima para seguir produzindo hidroxicloroquina”, afirmou o presidente. O governo brasileiro já havia pedido a liberação de ao menos 31,6 toneladas de ingredientes usados na fabricação de remédios pela indústria farmacêutica no Brasil.
Antes desse anúncio, o presidente voltou a falar que passou a defender o uso da cloroquina como tratamento para o coronavírus após conversar com diversos especialistas e profissionais da área médica. Ele também mencionou o médico Roberto Kalil, cardiologista do Hospital Sírio Libanês, que contraiu a Covid-19 e admitiu que usou o medicamento em seu tratamento.
Tom conciliador marca pronunciamento de Bolsonaro
Este foi o sexto pronunciamento de Bolsonaro no ano. O presidente adotou um tom bastante conciliador desta vez, falando dos desafios de conciliar a proteção à vida e manutenção da atividade econômica, além de elencar as principais medidas que estão sendo tomadas pelo governo, como o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais e a liberação de recursos do FGTS a partir de junho.
Bolsonaro ressaltou que o momento atual é ímpar e que "ser presidente é olhar o todo, e não só a parte". "Não restam dúvidas que o nosso objetivo principal é salvar vidas", disse. Neste momento, ele se solidarizou com as famílias de brasileiros que morreram em decorrência da doença,
Ele emendou o discurso dizendo como também se preocupa com os aspectos econômicos e de trabalho. Lembrou que os mais pobres precisam se deslocar mais para trabalhar e que o desemprego também pode causar a morte, porque aumenta a pobreza, leva as pessoas a passar fome e viver na miséria.
À sua equipe de ministros, deixou claro que quem está no comando é ele e que é preciso que todos estejam sintonizados com ele. Bolsonaro ainda falou sobre a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendar que cada país respeite as suas particularidades na hora de definir as ações de combate ao coronavírus. Ele ainda disse que respeita as decisões dos governadores sobre como conduzir a crise em cada estado. "Espero que saiamos juntos e mais fortes", resumiu.