O presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrou o silêncio de quase 40 dias na tarde desta sexta-feira (9) e falou com apoiadores no Palácio do Alvorada. "Hoje estamos vivendo um momento crucial, uma encruzilhada, o destino que o povo tem que tomar. Quem decide meu futuro são vocês. Quem decide para onde vai as Forças Armadas são vocês. Quem decide para onde vai a Câmara e o Senado são vocês também", afirmou o presidente.
Desde que foi derrotado no segundo turno das eleições, o mandatário permaneceu recluso, participando de poucos eventos sem discursar. Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proclamar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), manifestantes pró-Bolsonaro realizaram bloqueios nas estradas, parte deles ainda fazem atos na frente de quartéis e alguns defendem pautas antidemocráticas.
"Estou praticamente há 40 dias calado. Dói, dói na alma. Sempre fui uma pessoa feliz no meio de vocês, mesmo arriscando a minha vida no meio do povo, como arrisquei em Juiz de Fora… Nunca vi no mundo o povo ir a rua para um presidente ficar. Eu só vi, ao longo dos meus 67 anos, o povo ir às ruas para tirar presidente", disse o atual chefe do Executivo. Durante o discurso, Bolsonaro voltou a dizer que é o "chefe supremo das Forças Armadas".
"A missão de cada um de nos aqui não é criticar, é unir. Muitas vezes vocês têm informações que não procedem, e pelo cansaço, pela angústia, pelo momento, passam a criticar. Tenho certeza entre as minhas funções garantidas na Constituição, é ser o chefe supremo das Forças Armadas", disse. "As Forças Armadas, assim como eu, devem lealdade ao nosso povo, respeito a Constituição e são um dos grandes responsáveis pela nossa liberdade", acrescentou.
Bolsonaro disse ainda que o Brasil precisa que suas leis sejam "efetivamente cumpridas". O mandatário não citou diretamente as críticas e questionamentos que fez de forma recorrente sobre o sistema eleitoral brasileiro. "Se algo der errado porque eu perdi minha liderança, eu me responsabilizo pelos meus erros, mas peço a vocês que não critiquem sem ter certeza absoluta do que está acontecendo", pontuou.
"Todos nós sabemos o que aconteceu ao longo desses quatro anos, ao longo do período eleitoral e foi anunciado pelo TSE. Nós estamos lutando, quando falo ‘nós’, sou eu e vocês, pela liberdade até daqueles que nos criticam. O Brasil não precisa de mais leis, o Brasil precisa que suas leis sejam efetivamente cumpridas. Nós temos assistido dia após dia absurdos acontecerem aqui em nossa pátria", disse o presidente.
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