Ex-presidente Bolsonaro afirmou, ainda, que operação contra ele ocorreu para “criar um fato”.| Foto: André Borges/EFE
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou, na manhã desta quarta (3), que não se vacinou contra a Covid-19 e que não tem nada a esconder sobre seu cartão de vacinação. A declaração foi dada logo após a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão na casa em que está morando em Brasília desde que retornou da viagem aos Estados Unidos.

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Bolsonaro foi um dos alvos da Operação Venire, que investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. O ex-presidente, no entanto, disse que ficou “surpreso com a busca e apreensão” na casa dele, e que a operação contra um ex-presidente ocorreu “pra criar um fato”.

Disse, ainda, que a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro foi vacinada em 2021 nos Estados Unidos com uma dose da vacina da Jansen, mas que a filha Laura não foi imunizada. A declaração foi confirmada por ela pelas redes sociais logo depois.

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“Ficamos sabendo, pela imprensa que o motivo seria ‘falsificação de cartão de vacina’ do meu marido e de nossa filha Laura. Na minha casa, apenas eu fui vacinada”, enfatizou Michelle.

Ainda em casa, Bolsonaro afirmou que “em lugar nenhum” lhe pediram cartão de vacinação, e que “não existe adulteração da minha parte”. O ex-presidente teve o telefone celular apreendido pela Polícia Federal, que foi entregue sem senha para ser acessado pelas autoridades.

“Não tenho nada a esconder sobre nada, não é cartão apenas. Agora, que bom se nós tivéssemos um país democrático onde você pudesse discutir todos os assuntos. Tem assunto que é proibido falar no Brasil, um deles é a vacina”, completou.

Bolsonaro disse, ainda, que era pressionado a tomar a vacina contra a Covid, mas que decidiu não se imunizar após ler a bula da dose da Pfizer.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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