O presidente Jair Bolsonaro permanecerá internado "em tratamento clínico conservador" no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. É o que aponta nota à imprensa divulgada na noite desta quarta-feira (14) pela unidade hospitalar para onde foi transferido no fim da tarde e se encontra internado. O comunicado esclarece que Bolsonaro passará por "avaliações clínicas, laboratoriais e de imagem". E que, após isso, "permanecerá internado inicialmente em tratamento clínico conservador", descartando, em princípio, a realização de uma cirurgia de emergência.
Informações extraoficiais da manhã desta quinta-feira (15) indicam que o presidente será submetido a mais exames para avaliar seu quadro e eventual necessidade de cirurgia. Ainda segundo esses relatos, Bolsonaro teria passado bem a noite. O hospital deve divulgar ainda nesta quinta novo boletim médico informando o estado de saúde dele.
Filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) informou nesta quinta em suas redes sociais que a equipe médica retirou um litro de líquidos do intestino de seu pai. O deputado disse ainda esperar que seu pai não precise passar por nova cirurgia.
No boletim médico da noite de quarta, o Vila Nova Star ressalta que Bolsonaro foi diagnosticado com um quadro de suboclusão intestinal, a obstrução do intestino diagnosticada quando esteve internado e passou por exames no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília.
O presidente foi internado nas primeiras horas da manhã com dores abdominais e uma crise de soluço. Segundo o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), Jair Bolsonaro precisou ser sedado e intubado por medida de precaução. Mas à tarde já estava acordado e conversando, segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria. Os perfis oficiais do presidente nas redes sociais agradeceram o apoio e as orações recebidas.
O cirurgião Antônio Luiz Macedo, que operou Bolsonaro para corrigir sequelas do atentado a faca em 2018, foi até Brasília para examiná-lo logo após o presidente ter sido internado. Foi Macedo quem tomou a decisão de levar Bolsonaro a São Paulo para avaliar a necessidade ou não de uma cirurgia.
Além de ter sido o cirurgião que operou Bolsonaro no dia da facada, em Juiz de Fora (MG), Macedo também foi o responsável por outras cirurgias em Bolsonaro decorrentes do atentado. O presidente já foi operado seis vezes no intestino por causa do atentado que sofreu.
Além de obstrução intestinal, Bolsonaro está com crise de soluço
Em abril, Bolsonaro já havia afirmado que possivelmente passaria por mais uma cirurgia em 2021 – no caso, para corrigir uma hérnia abdominal. Mas essa operação seria agendada previamente.
Além da obstrução intestinal, que causa as dores em Bolsonaro, o presidente vinha reclamando há pelo menos uma semana de crises de soluços. O problema pode ter relação com medicamentos que ele precisou tomar por causa de uma cirurgia para implante dentário.
Outros especialistas dizem que as crises de soluço podem ser resultado de estresse, refluxo gastrointestinal e até mesmo de espasmos no diafragma decorrentes da facada. Durante sua live semanal da última quinta-feira (8), Bolsonaro chegou a falar do problema dos soluços.
"Estou há uma semana com soluço, talvez não consiga me expressar bem nessa live", alegou o presidente. Já nesta terça-feira (13), ele voltou a tratar do assunto em conversa com apoiadores. "Pessoal, eu estou sem voz. Se eu começar a falar muito, volta a crise de soluço. Já voltou o soluço".
Filho se diz confiante quanto a uma possível nova cirurgia do presidente
Antes dos exames complementares feitos em São Paulo, o senador Flávio Bolsonaro demonstrou confiança em relação ao estado clínico do pai. O parlamentar disse que vai visitar Bolsonaro na quinta-feira (15) e que a perspectiva de uma nova cirurgia não surpreendeu a família.
Nas últimas cirurgias, Bolsonaro foi submetido a procedimentos para reencaixar umas espécies de telas que impediriam o intestino de forçar a parede do abdômen. Desde a última cirurgia, havia uma perspectiva de que ele fosse submetido a uma nova intervenção, afirmou Flávio em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan.
"Já tinha perspectiva, sim. Acho que vai precisar fazer, sim, essa pequena intervenção, mas para corrigir isso", explicou o senador. Flávio disse, contudo, que, "a princípio, não tem nada de grave". "Se houver a necessidade de fazer a cirurgia, é algo muito específico, bastante pequeno e sem risco", destacou.
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