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Jair Bolsonaro
Ex-presidente reitera a intenção de concorrer em 2026, e que é um dos poucos na direita a conseguir mobilizar muitos eleitores.| Foto: André Borges/EFE

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a reforçar que será candidato à presidência em 2026 e que, entre os nomes postos na mesa, é o que tem mais capacidade de mobilizar eleitores no país. Ele conta com uma reversão da inelegibilidade na Justiça com o aval do Congresso, a quem ele acredita ter um poder maior do que o Supremo Tribunal Federal (STF).

“O candidato sou eu. Se pegar qualquer candidato da direita, cada um tem a sua qualidade e defeito. Mas o que é uma campanha presidencial? É preciso ter uma aceitação no Brasil todo”, disse em entrevista ao jornal O Globo publicada na quinta (7).

Ele ainda reafirmou que sua candidatura tem o apoio de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) que o considera como “líder maior”, embora o governador paulista seja um dos nomes mais citados para sucedê-lo se não conseguir reverter a condenação à inelegibilidade.

“Antes de eu morto, politicamente não tem nome. Pergunta para o Tarcísio o que ele acha. Ele tem falado, o candidato sou eu. Prosseguindo a minha inelegibilidade é a prova de que acabou a democracia no Brasil”, completou em uma entrevista à Folha de S. Paulo publicada nesta sexta (8).

Desde sua condenação à inelegibilidade, outros políticos da direita vêm tentando se posicionar como alternativa ou sendo citados como seus sucessores. Além de Freitas, também despontam Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO) – que reitera frequentemente a candidatura em 2026 – e Pablo Marçal (PRTB-SP), que ficou em terceiro lugar na capital paulista e aponta o Palácio do Planalto como próximo objetivo.

No entanto, Bolsonaro diz que não planeja apoiar Marçal, e que o ex-coach deve procurar outro partido se quiser concorrer à sucessão presidencial.

“No PL, não tem [espaço]. Ele pode procurar outro partido. A direita não tem donos. A direita tem líderes. E todo mundo que se credencia como líder tem direito de buscar esse voto”, afirmou.

E também negou um possível apoio a Caiado, com quem acabou tendo um embate na eleição à capital goiana neste ano. Bolsonaro apoiava o correligionário Fred Rodrigues (PL-GO), enquanto que o governador lançou Sandro Mabel (União-GO), que venceu a disputa com fortes críticas aos ataques adversários.

“No segundo turno, vereadoras do PT falaram que apoiaram o Mabel. Alguém construiu esse apoio. Então, uma pessoa construindo apoio com o PT é complicado. [...] Se aliar ao diabo para ganhar a eleição, aí não”, pontuou.

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