Depois de exames de rotina, o presidente Jair Bolsonaro disse a jornalistas que os investidores ouvem “reforma” como uma palavra mágica.| Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou neste sábado (22) que "reforma" virou uma "palavra mágica" para os investidores. "(Em) todas as minhas andanças pelo mundo, parece que a palavra mágica passou a ser a reforma da Previdência. Tem muita gente querendo investir, gente de dentro do Brasil. Eu estive com os empresários há duas semanas em São Paulo, eles estão esperando isso", disse.

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De acordo com o presidente, se a reforma da Previdência for aprovada, o País vai retomar a confiança. "E os investimentos virão. E atrás disso, vem emprego", disse Bolsonaro.

O presidente afirmou ainda que é cobrado em relação à geração de empregos no Brasil, mas pontuou: "quem emprega não sou eu". "Eu emprego quando crio cargo de comissão ou quando faço concurso, e o Paulo Guedes decidiu que basicamente poucas áreas terão concurso, porque não tem como pagar mais", afirmou Bolsonaro. "Até gostaria de uma área ou outra, abri uma exceção para a Polícia Federal e para a Polícia Rodoviária Federal. Fora isso, dificilmente teremos concurso no Brasil nos próximos poucos anos", acrescentou.

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Exame de rotina

Bolsonaro falou na manhã de sábado a jornalistas, na saída da Coordenadoria de Saúde do Palácio do Planalto, em Brasília. Questionado sobre o motivo da visita ao prédio, ele afirmou era de rotina. "Vou viajar terça-feira para o Japão, então vim dar uma olhadinha se não tem nada esquisito", brincou. "A gente tem que sair 100%, deve dar 25 horas de voo. Fiz exame de sangue, daqui a pouco sai o resultado. No resto, tudo bem."

O presidente afirmou ainda, ao abordar a viagem, que vários líderes mundiais querem reuniões bilaterais com o Brasil, por ocasião do encontro do G-20 no Japão. "E a gente se prepara para falar com qualquer um. Os possíveis assuntos, a gente busca sempre não ser surpreendido", disse. "Nós estamos tentando, juntamente com o (presidente da Argentina, Mauricio) Macri, uma conversa com o (presidente dos EUA) Donald Trump sobre as questões da América do Sul", comentou Bolsonaro. "A gente sabe da dificuldade que está a Argentina, que pode voltar para a (ex-presidente) Cristina Kirchner. É uma preocupação de todo mundo, que não quer uma nova Venezuela aqui no sul do Brasil", acrescentou.

Bolsonaro indicou, porém, que a reunião com Trump seria para tratar de agenda econômica, e não especificamente de questões eleitorais na América do Sul.