O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que terá o julgamento de uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomado nesta quinta-feira (29), disse que a reunião que promoveu com embaixadores em julho do ano passado teve como objetivo “apresentar propostas para aperfeiçoar aquilo que é a alma de democracia”.
A declaração foi dada ao embarcar para o Rio de Janeiro, onde terá compromissos ao longo do dia, pouco antes do início da sessão na Corte Eleitoral. O ex-presidente afirmou que a defesa do voto impresso auditável não foi uma proposta apenas dele, mas que parlamentares já sugeriram o mesmo em anos passados – até mesmo o ex-deputado José Dirceu (PT), em 1999.
“José Dirceu apresentou um projeto na Câmara criando uma comissão para acompanhamento para o voto eletrônico”, disse lembrando, ainda, que propôs um projeto semelhante em 2017, e que o próprio PDT, que moveu a atual ação em tramitação no TSE, também já defendeu a adoção do voto impresso.
Bolsonaro afirmou, ainda, que realizou a reunião com embaixadores após o ministro Edson Fachin, do STF, também promover um encontro com os representantes estrangeiros dois meses antes.
“Qual o problema de apresentar propostas para aperfeiçoar aquilo que é a alma de democracia, que nós podemos dar para a população a garantia de que as eleições foram transparentes”, questionou.
O ex-presidente disse, ainda, que tem uma “bala de prata” para as eleições de 2026 – mas que ainda não pode revelar – e que não conversou com o ministro Kássio Nunes Marques, seu indicado ao STF, sobre o julgamento no TSE. Bolsonaro espera que algum dos magistrados peça vista da ação, o que pode prolongar a decisão da corte sobre o pedido de inelegibilidade.
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