Bolsonaro sobre indiciamento da PF e inelegibilidade: “cada vez mais explícito”

Ao comentar sobre o indiciamento da Polícia Federal (PF) no inquérito que apura o caso das joias sauditas e sobre o processo que o levou à inelegibilidade, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que “as situações estão cada vez mais explícitas”.

“Muito atentos aos movimentos de todos os lados. As situações estão cada vez mais explícitas. A escolha é sempre dos senhores enquanto ainda há liberdade para assim fazê-la”, escreveu o ex-presidente em seu perfil no X, nesta sexta-feira (5).

Além de Bolsonaro, foram indiciadas outras 11 pessoas. O inquérito apura a tentativa de venda de presentes oficiais nos Estados Unidos por militares que auxiliavam Bolsonaro na Presidência.

Segundo o relatório da PF, o ex-presidente teria cometido três crimes: peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Bolsonaro sempre negou qualquer irregularidade.

Em março, em outra frente de investigação, dentro do mesmo inquérito, o ex-presidente foi indiciado por inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde que registra vacinação contra a Covid (crime com pena de até 12 anos de prisão) e associação criminosa (1 a 3 anos de prisão) 

Para aliados do ex-presidente, a PF está sendo usada para “perseguir” Bolsonaro. Parlamentares governistas comemoraram o relatório da PF.

O ex-presidente já foi condenado à inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por conta da reunião que fez com embaixadores, no Palácio da Alvorada, em que apresentou indícios de falhas no sistema eletrônico de votação mantido pelo TSE.

Bolsonaro e Braga Netto (então candidato a vice-presidente) também seguem inelegíveis por 8 anos por conta de outra condenação relacionada ao suposto uso eleitoral das comemorações de 7 de setembro de 2022.