Presidente do PL considera atos do TSE e de Alexandre de Moraes como uma perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, vê uma atuação de perseguição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que o tornou inelegível no mês passado por conta da reunião que fez com embaixadores em julho de 2022. Tanto a condenação como a multa de R$ 22,9 milhões imposta ao partido por encomendar uma auditoria nas urnas de votação seriam, de acordo com ele, um ato autoritário de Alexandre de Moraes.

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“Fiquei triste com essa decisão do TSE. Nunca aconteceu isso no planeta de deixar um cidadão inelegível, que não tinha nem mandato. Nunca”, disse em entrevista à Folha de São Paulo publicada nesta segunda (24).

“Bolsonaro é perseguido, lógico. Foi perseguido pelo TSE, foi injustiçado. Ele jamais podia ficar inelegível. Isso o camarada da direita vê. Eles são esclarecidos, gente de opinião”, completou.

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Costa Neto considerou as decisões de Moraes como uma “brincadeira” com ironia ao determinar a multa milionária mesmo incentivando que os partidos devem fiscalizar a lisura das eleições e a marcação da data do início do julgamento de Bolsonaro, dia 22 de junho – número da legenda nas urnas. A auditoria encontrou indícios de falhas no sistema, de que técnicos do TSE teriam o "poder de manipular resultados da eleição, sem deixar qualquer rastro".

O mandatário do partido diz ter questionado Moraes sobre o resultado da auditoria, mas não obteve resposta. “Um partido levar uma multa dessa? E R$ 22,9 milhões, que são dois mais dois, mais nove, que é o número 13, do PT. Que engraçadinho. Eles devem achar muito gozado isso aqui”, disse.

De acordo com ele, essas decisões acirram “o pessoal da direita”, levando a ataques como o que ocorreu com Alexandre de Moraes há pouco mais de uma semana no aeroporto internacional de Roma, na Itália.

Partido estuda opções para 2026

Valdemar Costa Neto afirmou, ainda, que está estudando recorrer da inelegibilidade de Bolsonaro a algum órgão internacional para que ele seja candidato à sucessão presidencial de 2026, e que o ex-presidente precisa ser preservado por ser “uma máquina de votos, e o partido vive disso”.

“Para o Bolsonaro, está liquidado o assunto. Ele falou ‘Não adianta, do jeito que estão as coisas, esse pessoal vai me deixar impedido de ser candidato’. Eu pedi para uma pessoa amiga fazer um estudo na área internacional, sem consultar o Bolsonaro e sem gastar dinheiro também. Eu acho que se a gente tivesse um lugar [fora] para recorrer, conseguiria reverter”, afirmou.

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Ainda segundo Costa Neto, neste momento não há um candidato ideal para concorrer a presidente em 2026, mas nomes como Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Romeu Zema (Novo) estão entre as principais sugestões. “Agora, precisa ver o que o Bolsonaro vai decidir”, completou indicando que é o ex-presidente quem dá as cartas no partido.

“Bolsonaro teve metade dos votos. Com o que estão [Judiciário] fazendo com ele, pode crescer. Por exemplo, vamos dizer que ele vai apoiar o Tarcísio. Eu te garanto que muita mulher que não votou no Bolsonaro em São Paulo votará no Tarcísio para presidente, porque ele não carrega a rejeição”, disse emendando que a relação dos dois está sólida e que terão uma reunião na semana que vem em São Paulo.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]