![Bolsonaro visita obra de hospital de campanha em Goiás ao lado de Caiado e Mandetta Presidente da República, Jair Bolsonaro, em pronunciamento realizado nesta terça-feira (31).](https://media.gazetadopovo.com.br/2020/03/31213842/49721351168_cb8e859294_c.jpg)
O presidente da República, Jair Bolsonaro, chegou na manhã deste sábado, 11, à cidade goiana de Águas Lindas, que fica a 56 quilômetros de Brasília, para visitar a construção de um hospital de campanha para atender pacientes com Covid-19. A visita conta com a presença do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que, no mês passado, anunciou rompimento com Bolsonaro, de quem era aliado de longa data. Isolado politicamente durante a crise do coronavírus, o presidente busca uma reaproximação com o governador.
Bolsonaro chegou ao local de helicóptero por volta das 11h20, acompanhado dos ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo; Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura; e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com quem Bolsonaro trava uma batalha sobre a condução do enfrentamento à pandemia.
O compromisso não constava da agenda oficial, e não foi permitida a entrada da imprensa. Todos eles estão de máscaras.
Do lado de fora da área do hospital, cerca de 50 pessoas se aglomeraram para ver o presidente. Sem máscaras, elas chamavam Caiado de traidor.
Bolsonaro decidiu ir ao encontro dos apoiadores que o aguardavam na saída do local. Eufóricas, as pessoas tiravam fotos e tentavam se aproximar do presidente.
Os ministros Tarcísio de Freitas e Luiz Eduardo Ramos, também acompanharam o presidente na caminhada entre os apoiadores.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no entanto, só participou da visita ao hospital e não seguiu para o passeio para cumprimento aos populares. "A recomendação de não aglomeração vale para todos", disse Mandetta logo depois de o presidente ir ao encontro das pessoas.
Hospital de campanha
O hospital de campanha, instalado em uma área de 10 mil metros quadrados, terá 200 leitos de semi UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para atender pacientes de Goiás e do Distrito Federal. A construção começou há uma semana e a previsão é que esteja concluída em 15 dias.
O governo federal arcará com o custo de R$ 10 milhões para a construção e manutenção do hospital por quatro meses. Já os custos com equipe médica e materiais serão de responsabilidade do governo de Goiás.
Desde o início do avanço do coronavírus no País, Bolsonaro tem minimizado a pandemia e já se referiu à doença como "gripezinha". O presidente também tem circulado por áreas comerciais de Brasília, descumprindo orientações de autoridades sanitárias para que população mantenha distanciamento social. Nesses passeios, ele tem posado para fotos e cumprimentado apoiadores.
Bolsonaro defende que a população retome suas rotinas para evitar um colapso da economia e que o isolamento seja restrito a idosos e pessoas com doenças. O presidente tem 65 anos.
Foi após Bolsonaro incentivar, em pronunciamento, que as pessoas voltassem "à normalidade", que Caiado rompeu com ele. "As decisões do presidente na área da Saúde e sobre coronavírus não alcançam Goiás", disse o governador na ocasião.
O distanciamento social é um dos principais pontos de divergência entre Bolsonaro e Mandetta. Outro é a prescrição da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19, defendida pelo presidente mesmo sem pesquisas conclusivas sobre a eficácia e os efeitos colaterais do medicamento.
-
Discurso populista é o último refúgio para Lula recuperar popularidade
-
Reforma tributária pressiona motoristas e entregadores de aplicativos para formalização no MEI
-
Nova renegociação de dívidas estaduais só é boa para gastadores e estatizantes
-
Consolidação da direita em Santa Catarina atrai jovens que fortalecem os partidos
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião