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Fim da imunidade

Zanin envia à Justiça do Acre ação contra Bolsonaro por discurso em 2018

Cristiano Zanin
Ministro Cristiano Zanin afirmou, na decisão, que Bolsonaro não tem mais prerrogativa de foro para ser julgado pelo STF. (Foto: Lula Marques/liderança do PT na Câmara)

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O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Justiça Eleitoral do Acre uma queixa-crime contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por conta de um discurso feito durante a campanha eleitoral de 2018 por um suposto cometimento de injúria.

A ação foi proposta pela coligação “O Povo Feliz de Novo” (PT/PROS/PCdoB), que concorreu à presidência da República naquela eleição, afirmando que Bolsonaro teria incitado ao crime ao fazer um gesto de “fuzilamento” com um tripé de câmera de vídeo, afirmando que “vamos fuzilar a petralhada toda aqui do Acre”. A decisão foi proferida na terça (8) e publicada na quinta (10).

A tramitação do processo estava suspensa por conta da imunidade garantida ao ex-presidente por conta da vigência do mandato como prevê a Constituição. Com o término do governo, a ação foi enviada à Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou pela incompetência do Supremo para processar e julgar o caso, tendo em vista que Bolsonaro não tem mais foro por prerrogativa de função na Corte.

“Com o advento do término do mandato de Presidente da República, no qual se encontrava investido o representado Jair Messias Bolsonaro, e não sendo ele reeleito para pleito subsequente, houve a superveniente causa de cessação da competência jurisdicional do Supremo Tribunal Federal”, escreveu Zanin na decisão (veja na íntegra).

O magistrado lembrou, ainda, que o plenário decidiu que o STF processa e julga os agentes com prerrogativa de foro exclusivamente quanto aos crimes praticados no exercício e em razão da função pública, o que não ocorre no caso.

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