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Veículo incendiado em posto de gasolina durante atos de vandalismo, em Brasília, nesta segunda-feira (12).
Veículo incendiado em posto de gasolina durante atos de vandalismo, em Brasília, nesta segunda-feira (12).| Foto: EFE/André Borges.

O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal afirmou nesta terça-feira (13) que agentes que tentavam apagar as chamas em veículos incendiados durante tumulto na área central de Brasília, na noite desta segunda (12), também foram alvo dos ataques dos manifestantes. A corporação informou que os manifestantes lançaram pedras e outros objetos contra ao menos três viaturas no momento em que os militares faziam seu trabalho, atrapalhando o combate ao fogo.

"A corporação ficou muito limitada em sua área de atuação, pois, em razão da violência da manifestação, o perigo às guarnições de bombeiros era real", disse a corporação, em nota. O Corpo de Bombeiros mobilizou 18 viaturas e 63 pessoas para atender às várias ocorrências.

O tumulto começou após a prisão do líder indígena e pastor José Acácio Serere Xavante, que tem participado de manifestações em Brasília contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O vandalismo foi contido durante nesta madrugada. Os manifestantes eram supostos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Vários deles usavam camisas amarelas e estampadas com a bandeira do Brasil.

Secretaria de Segurança Pública diz que ninguém foi preso

Em nota divulgada nesta terça (13), a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que ninguém foi detido porque as forças de segurança agiram para dispersar a manifestação, procurando “reduzir danos e evitar uma escalada ainda maior dos ânimos”. A secretaria assegurou, contudo, que a Polícia Civil está tentando identificar os responsáveis pelo quebra-quebra para responsabilizá-los.

Mais cedo, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, classificou as ações dos manifestantes como "lamentáveis". No Twitter, Ibaneis escreveu que as forças policiais – criticadas por não terem efetuado nenhuma prisão em flagrante – agiram com rapidez e da maneira mais adequada possível.

"Junto do secretário de Segurança do Distrito Federal, acompanhei todas as ações e orientei que todos, devidamente identificados, que participaram desse ato de vandalismo sejam punidos conforme prevê a lei", acrescentou o governador, assegurando que esteve em contato com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e com o governo de transição durante todo o tempo.

PF e Ministério Público vão investigar os atos de violência

A Polícia Federal anunciou nesta terça (13) que vai instaurar um inquérito para apurar os danos ao patrimônio da União causados durante os atos de vandalismo em Brasília. A corporação fará um levantamento do que foi danificado e deve verificar as imagens de câmeras de segurança para identificar os manifestantes.

Já os danos contra o patrimônio do Distrito Federal e aos bens privados serão investigados pela Polícia Civil. Além das investigações das polícias, a Promotoria de Justiça Militar do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios questionou o Comando-Geral da Polícia Militar do DF sobre a atuação da corporação "no enfrentamento aos atos de violência" registrados na noite de segunda (12), em Brasília.

A Promotoria de Justiça Militar é responsável por fiscalizar a atuação das corporações militares no DF. A PM tem prazo de cinco dias para responder o ofício. No ofício, a Promotoria quer saber o efetivo designado para atender os locais em que ocorreram os atos.

Também foram requisitadas, segundo nota da Promotoria, informações sobre "as medidas utilizadas para o enfrentamento à situação, dados da operação, o relatório das ocorrências, entre outras informações". Com informações da Agência Brasil.

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