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Postura pró-Palestina

Após perder coordenador de pré-campanha, Boulos muda discurso e critica Hamas

Guilherme Boulos
Deputado Guilherme Boulos passou a condenar ações do Hamas em Israel, mas sem classificar o grupo como terrorista. (Foto: Renato Araújo/Câmara)

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O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) mudou o discurso que vinha adotando nos últimos dias de não condenar publicamente o grupo Hamas pelos ataques contra Israel no último final de semana, o que o fez perder o apoio do médico Jean Gorinchteyn da pré-campanha à prefeitura de São Paulo.

Nesta terça (10), na tribuna da Câmara dos Deputados, Boulos criticou o Hamas. Mas, como a maioria dos políticos de esquerda, evitou classificar o grupo especificamente como terrorista.

“Diante da situação trágica que nós estamos acompanhando no Oriente Médio eu queria aqui me solidarizar com todos os familiares das vítimas dos ataques propagados pelo Hamas. Nada justifica o assassinato de civis inocentes”, disse.

Boulos, no entanto, foi além na crítica e atacou também o governo de Benjamin Netanyahu, a quem direcionou como um dos culpados pelos ataques terroristas. “Que, com a sua atitude de violência contra os palestinos nos últimos anos e descumprimento dos acordos internacionais, só agravou o conflito”, completou.

Assim como outros políticos de esquerda, Guilherme Boulos afirma que foi alvo de fake news por ter sua atitude pró-Palestina ligada a um suposto apoio ao Hamas, o que ele contestou.

“Lamento muito que num momento trágico como esse, setores de extrema direita aqui no Brasil inventem fake news e trabalhem com mentiras com finalidades eleitoreiras querendo fazer associações absurdas entre a nossa atuação e o Hamas”, disse.

A afirmação é semelhante a de petistas como Alexandre Padilha (SP), Paulo Pimenta (RS), Rosa Neide (MT), Helder Salomão (ES), entre outros, que, em 2021, assinaram um manifesto pró-Hamas e agora mudaram parcialmente de posição.

No último fim de semana, Boulos perdeu o apoio de Gorinchteyn por não se posicionar enfaticamente contra o Hamas, O ex-secretário de Saúde de São Paulo é judeu e disse que saiu da campanha “diante da postura pró-palestina que não menciona ou condena o grupo extremista islâmico armado Hamas pelos atentados terroristas em Israel no último sábado (7)”. “É imperativo condenar e repudiar ataques terroristas contra civis em qualquer lugar do mundo”, completou.

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