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Repercussão

Braga Netto nega plano e trama de assassinatos; Caiado diz que “golpe é factóide”

Defesa de Braga Netto repudia vazamento de investigação
Braga Netto usou suas redes sociais para negar existência de plano para golpe de Estado. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.)

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O general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, utilizou sua conta na rede social X neste sábado (23) para negar a existência de qualquer plano para um golpe de Estado ou para assassinatos após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais.

A publicação, acompanhada de uma nota de sua defesa, rejeita as acusações feitas no indiciamento da Polícia Federal (PF) na última quinta-feira (21), que inclui Braga Netto, Bolsonaro e outras 35 pessoas como suspeitos de planejar ações contra a posse de Lula. "Nunca se tratou de golpe, muito menos de plano para assassinar alguém", declarou o general no X.

Segundo a PF, o grupo indiciado teria cometido crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e conspiração para golpe de Estado.

As investigações apontam que o suposto plano para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, teria sido discutido na residência de Braga Netto.

Em sua defesa, na postagem no X, os advogados de Braga Netto destacaram que o general sempre agiu de forma ética e dentro dos preceitos constitucionais ao longo de sua trajetória. "A defesa acredita que o devido processo legal esclarecerá a verdade e delimitará as responsabilidades de cada envolvido", afirmaram.

O texto também rebate a tese de que o ex-ministro planejava assumir o poder em um eventual "golpe dentro do golpe". Braga Netto classificou a ideia como "fantasiosa e absurda".

A nota ressalta que, durante o governo anterior, o general manteve lealdade a Jair Bolsonaro até o término do mandato, em dezembro de 2022, e que esse alinhamento decorre de sua crença em valores e princípios inegociáveis. A defesa ainda questiona os interesses por trás da disseminação de tais acusações.

Em manifestação no dia do indiciamento, a defesa do general criticou a divulgação de informações à imprensa antes de seu acesso às partes envolvidas no processo.

Caiado de olho em 2026

Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) também se declarou a respeito do caso neste sábado. Em entrevista ao UOL, afirmou: "O Brasil não faz nada, não tem plano de nada. Está à deriva, sem saber por onde vai, o que fazer. Eu acho que se criam factóides para desviar a atenção do principal, do corte de gastos, da reforma administrativa e outras coisas, e foca-se num assunto como esse."

O goiano é um dos nomes cotados como possível representante da direita para as eleições presidenciais em 2026. Ele apoiou Bolsonaro nas eleições de 2022 e se declara antipetista.

"Está cansativo esse negócio de extrema para cá, extrema direita para lá. Ninguém está aguentando isso mais. Já cansou", comentou. "A sociedade está querendo, hoje, em 2026, alguém que resolva os problemas do Brasil."

Caiado também disse que vai aguardar o julgamento do STF a respeito do ocorrido. "Se ficar comprovado, vai ser condenado. Mas ficar no achismo, acho que isso não acrescenta em nada. Nós já estamos nessa pauta há dois anos. E vamos continuar mais quatro anos? Ninguém aguenta mais isso."

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