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Brasil envia alimentos a Cuba e oposição reage: “fortalecer a ditadura”

Leite em pó Cuba
O envio de 125 toneladas de leite em pó para Cuba provocou reação da oposição ao governo do presidente Lula. (Foto: divulgação/Agência Brasileira de Cooperação)

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O envio de 125 toneladas de leite em pó para Cuba pelo governo brasileiro na última segunda (12) provocou reação da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara dos Deputados. Além do carregamento do alimento, o Ministério das Relações Exteriores informou que serão enviados arroz, milho e soja nas próximas semanas.

A ação do governo brasileiro para a ditadura cubana foi duramente criticada pelo deputado federal Messias Donato (Republicanos-ES), que questionou o envio enquanto há “milhões de brasileiros passando fome”. “Além de humilhar os brasileiros mais humildes, inventa justificativas para fortalecer ditaduras”, disparou nas redes sociais.

O envio de alimentos a Cuba foi pactuado pelo governo brasileiro em 2023 com os Emirados Árabes Unidos durante a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28). A iniciativa visa promover a segurança alimentar e nutricional na América Latina, com a alegação de fornecer recursos para a produção, distribuição e suporte de sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis.

“A operação conjunta tripartite alinha-se ao espírito da proposta da presidência brasileira do G20 de estabelecer uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, destacou o Itamaraty em nota.

Já a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), responsável pela operação, afirmou que a iniciativa "integra os esforços conjuntos destinados a desenvolver sistemas alimentares resilientes, agricultura sustentável e incentivar a ação climática". Os custos, por outro lado, serão arcados pelo governo dos Emirados, segundo o órgão.

"Os Emirados Árabes Unidos fornecerão apoio financeiro para aumentar a resiliência e a adaptabilidade dos sistemas alimentares e aumentarão os investimentos em projetos especializados na produção, distribuição e suporte de sistemas alimentares, que sejam nutritivos, saudáveis e sustentáveis, além de fortalecer a segurança alimentar em colaboração com o Brasil e Cuba", completou.

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