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Guerra no Oriente Médio

Brasil avalia tentar nova resolução na ONU sobre guerra entre Israel e Hamas

Mauro Vieira
Ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, sinalizou que o Brasil vai tentar mais uma resolução na ONU. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

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O ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, sinalizou que o Brasil deve negociar uma nova resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nos próximos dias. Ainda não há uma data marcada, mas ele embarcou para Nova York, nos Estados Unidos, nesta quarta (18), para se encontrar com os diplomatas brasileiros na entidade.

A possibilidade de tentar negociar uma nova resolução foi sinalizada após a coletiva de imprensa que concedeu pela manhã no Itamaraty, pouco depois do Brasil ter sido frustrado na votação da proposta no Conselho pelo veto dos Estados Unidos. O texto brasileiro foi aprovado por 12 votos e teve duas abstenções.

Após a passagem por Nova York, Vieira embarca para o Egito na sexta (20) para participar de uma cúpula internacional de debate sobre a guerra entre Israel e Hamas. Ele fez questão de enfatizar que a posição do Brasil é por ajuda humanitária, e lamentou a decisão dos Estados Unidos.

“Infelizmente não foi possível aprovar essa resolução, ficou clara uma divisão de opiniões. Cada país teria tido sua inspiração própria”, disse.

O texto proposto pelo Brasil focava principalmente na “cessação das hostilidades” contra a população civil de Gaza, na abertura de um corredor para a saída de estrangeiros que estão no território conflagrado – entre eles cerca de 30 brasileiros –, e o envio de ajuda humanitária.

Segundo interlocutores do Itamaraty, a nova proposta deve ser costurada em cima do que já vem sendo proposto pelo Brasil e para tentar abranger mais interesses – principalmente dos EUA, que rejeitaram a proposta por não ter uma menção clara sobre o direito de Israel de se defender do Hamas.

A guerra entre o país e o grupo terrorista entrou no 13º dia e já vitimou mais de 5,1 mil pessoas entre palestinos – a maioria, com cerca de 3,7 mil palestinos –, israelenses e estrangeiros.

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