O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta sexta (1º) as atuais relações entre os países do mundo em questões econômicas e geopolíticas, de acordo com um pronunciamento publicado mais cedo por conta do início da presidência rotativa do Brasil no G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo.
Lula, que está em viagem a Dubai participando da COP28, enfatizou que a presidência do Brasil até o final de 2024 vai trabalhar em cima de três compromissos, que ele já vem adiantando – e criticando – em pronunciamentos e lives na internet.
Um deles, que sempre ressalta, é a questão da desigualdade social, em que expressou preocupação e enfatizou a necessidade de se alterar a redistribuição da riqueza. Para ele, “não é possível que tanto dinheiro continue nas mãos de tão poucas pessoas, enquanto tantas não têm o mínimo para sobreviver”.
Outro ponto que Lula diz que pretende trabalhar durante a presidência rotativa do Brasil no G20 é o enfrentamento da crise climática, em que defendeu que o país assuma uma posição de liderança para convencer os países ricos de que “não existem dois planetas Terra”. Ele destacou a urgência de uma transição energética e afirmou que o Brasil tem as condições ideais para ser um grande produtor de energia verde.
O discurso é semelhante aos dois que fez nesta sexta (1º) em Dubai, em que cobrou mais comprometimento das nações desenvolvidas em ajudarem as que não tem condições de implementar medidas de combate às mudanças climáticas, além do cumprimento das metas definidas nos acordos de Kyoto e Paris.
Lula afirmou, ainda, que pretende engajar os líderes do G20 na busca por uma nova governança global, argumentando que as organizações financeiras existentes há quase 80 anos precisam se adaptar ao século 21 para garantir um crescimento sustentável.
“Só teremos um crescimento sustentável direcionando esforços e recursos para o centro da produção do trabalho e do emprego”, destacou.
Lula ainda ressaltou a importância da luta contra o racismo e da defesa da igualdade de direitos e oportunidades, além de combater a violência contra as mulheres. Ele disse que pretende trabalhar com os demais países do bloco para “tornar real o lema da nossa presidência do G20: a construção de um mundo justo e um planeta sustentável”.
A presidência rotativa do Brasil no G20 vai até o final do ano que vem, que vai culminar com a realização da 19ª Cúpula do grupo entre os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. Recentemente, ele chegou a dizer que o encontro é mais importante, do ponto de vista político, do que uma Copa do Mundo.
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