O Brasil começou nesta segunda (11) a presidência do G20 na prática, reunindo representantes dos governos e equipes econômicas das 20 maiores economias do mundo para reuniões em Brasília, no Ministério das Relações Exteriores. Os encontros são conduzidos pela equipe do ministro Mauro Vieira e ocorrem ao longo desta semana com uma mudança no protocolo tradicional de trabalho.
Nesta segunda (11) e terça (12), os representantes dos governos dos países participantes, chamados de “Sherpas”, realizam uma série de reuniões para discutir e traçar as propostas sugeridas pelo Brasil durante o período em que ocupa a presidência rotativa do bloco. Há a expectativa de que Vieira se pronuncie no final da tarde sobre estes primeiros encontros.
Já na quarta (13), os Sherpas se reúnem com representantes, vice-ministros das finanças e vice-presidentes de bancos centrais dos países membros do G20, dando início à primeira mudança do protocolo tradicional de trabalho do grupo.
Essa reunião entre os representantes dos governo e das equipes econômicas normalmente só era realizada mais perto da cúpula final da presidência rotativa, que está marcada para novembro de 2024 no Rio de Janeiro, e eram conduzidas paralelamente durante quase todo o ano.
No entanto, o Brasil propôs uma alteração para as equipes trabalharem de forma articulada já desde os primeiros encontros, de modo a otimizar as discussões e fazer as propostas caminharem mais alinhadamente. A partir da reunião de quarta (13), os representantes das equipes econômicas vão tomar conhecimento de como as propostas apresentadas devem impactar financeiramente os países membros, levando a novas discussões na quinta (14) e na sexta (15).
O Brasil propôs trabalhar a presidência do G20 em cima de três pilares, como foi anunciado na semana retrasada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): inclusão social com combate à fome e pobreza; transição energética e desenvolvimento sustentável; e reforma da governança global, com foco em pressionar a Organização das Nações Unidas (ONU) a reformar o Conselho de Segurança.
A questão da reforma do Conselho de Segurança é uma pauta constante de Lula desde os dois primeiros mandatos, no início deste século – e sempre citada com críticas desde que presidiu temporariamente o grupo sem conseguir chegar a um consenso para encontrar soluções para conflitos como o da Rússia contra a Ucrânia e de Israel contra o Hamas.
As críticas constantes se referem não apenas à composição do Conselho com os países que eram considerados potências econômicas e militares na época do fim da Segunda Guerra Mundial. Mas, principalmente pelo poder de veto que cinco deles têm – e que podem barrar qualquer proposta mesmo com aprovação da maioria, como aconteceu com a resolução do Brasil para fazer uma pauta humanitária no conflito entre Israel e Hamas, vetada por um único voto dos Estados Unidos.
Além dos três eixos de trabalho da presidência do Brasil no G20, também foram criadas duas forças-tarefa pra discutir temas importantes para o governo: combate à fome e desigualdade no eixo de inclusão social, e combate às mudanças climáticas.
O Brasil preside o G20 até o final do ano que vem, com o fim do mandato temporário culminando com a cúpula do gruo em novembro, no Rio de Janeiro.
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