Crítica ao Hamas ocorre no primeiro ano dos ataques terroristas contra Israel que levaram a uma guerra para além das fronteiras.| Foto: Ricardo Stuckert/Secom
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se solidarizou com as famílias das vítimas e dos reféns do grupo terrorista Hamas nesta segunda (7), data em que os ataques contra Israel completaram um ano e que levaram a uma guerra que já se alastra para outros países do Oriente Médio.

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Em uma nota do Ministério das Relações Exteriores, o governo registra “com profundo pesar” a marca de um ano “desde os ataques terroristas do grupo Hamas em Israel”. A organização tomou 251 reféns durante os atos que mataram cerca de 1,2 mil pessoas, na maioria civis – brasileiros, entre eles.

O Itamaraty lembrou dos cidadãos brasileiros vítimas do Hamas, como Michel Nisembaum, tomado como refém, e Karla Stelzer Mendes, Bruna Valeanu e Ranani Nidejelski Glazer, “assassinados no dia da invasão do território israelense por terroristas a partir da Faixa de Gaza”.

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A classificação clara do Hamas como um grupo terrorista demorou a ser feita pelo Brasil, e só ocorreu meses depois do início dos conflitos frente a cobranças de parte da sociedade e da oposição ao governo. Até então, Lula e a chancelaria brasileira se baseavam em resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) que não reconheciam a organização como terrorista.

Apesar disso, Lula também se tornou um forte crítico da ofensiva israelense em Gaza, classificando os atos como "chacina" e "genocídio". Ele chegou a ser considerado "persona non grata" em Israel por ter comparado o contra-ataque com o holocausto nazista.

“A crise dos reféns permanece sem solução, com dezenas de israelenses ainda em poder do Hamas em Gaza. Ao solidarizar-se com a família de todas as vítimas e com o povo israelense, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio ao recurso ao terrorismo e a todos os atos de violência”, disse o ministério em nota.

O governo ainda voltou a pedir a libertação imediata de todos os reféns e o avanço das negociações que levem ao cessar-fogo em Gaza e no Líbano, onde a ofensiva israelense se intensificou nas últimas semanas e fez o presidente Lula autorizar uma operação de repatriação de brasileiros.

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Ao todo, o Itamaraty recebeu cerca de 3 mil pedidos de resgate, e já conseguiu trazer de volta ao Brasil 456 pessoas – o voo mais recente, o segundo, pousou na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, na manhã desta terça (8) com 227 pessoas. A expectativa é de que a aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) retorne para buscar uma nova leva de cidadãos em Beirute, capital libanesa, entre esta tarde e a manhã de quarta (9).

O alastramento do conflito entre Israel e o Hamas para além das fronteiras hebraicas começou a ser desenhado no dia 31 de julho, quando o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em uma viagem ao Irã. Isso fez com que o Hezbollah – aliado ao grupo terrorista de Gaza – intensificasse o contra-ataque aos israelenses.

Uma ação orquestrada fez com que pagers e walkie-talkies utilizados pelos extremistas explodissem, gerando uma reação, e dez dias depois o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque israelense a Beirute. Desde então, o Líbano está sob a ofensiva de Israel, e mais de um milhão de pessoas foram deslocadas devido ao conflito.

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