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A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) concluiu uma sindicância interna que aponta que o órgão não é autor de relatórios produzidos para orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Os falsos pareceres entregues aos advogados do parlamentar, segundo aponta a auditoria, foram confeccionados por um servidor.
Em nota, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República informa que a Corregedoria da Abin afastou o servidor de suas funções e deu início a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD). "Há fortes indícios da participação de um servidor, que falseou a verdade e repassou informações à imprensa", comunica.
Os autos foram remetidos à Polícia Federal que, na terça-feira (6), realizou busca e apreensão na estação de trabalho do servidor na Abin e, também, em sua residência. O depoimento do suspeito também foi colhido. O GSI comunica, ainda, que, adotará "medidas judiciais, criminais e cíveis" contra os "responsáveis pelas notícias, que visavam a desmoralizar e atingir a credibilidade de duas instituições e de seus servidores."
O diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, explicou que a área de segurança da informação do órgão possui registros de "toda e qualquer atividade executada em suas redes". Portanto, concluiu que "partes do cronograma interno e identidade de servidores foram criminosamente vazados para dar aparência de veracidade às matérias e atribuir suposta responsabilidade [da Abin] pela elaboração dos relatórios".