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A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu dois relatórios que orientam a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) envolvendo o caso Queiroz, diz a revista Época, em reportagem publicada nesta sexta-feira (11). Os documentos, diz a coluna do jornalista Guilherme Amado, tiveram a autenticidade e procedência confirmadas pela defesa do senador.
Os documentos, enviados em setembro, apontam o funcionamento da suposta organização criminosa em atuação na Receita Federal. Para a defesa do parlamentar os dados fiscais foram usados para gerar o inquérito das rachadinhas. A versão vai contra a declaração do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, de que não teria ocorrido atuação da Abin depois de reunião em agosto com o presidente Jair Bolsonaro, o diretor da Abin, Alexandre Ramagem, e o próprio Heleno.
Em um dos documentos, no campo finalidade, está escrito, segundo a revista: "Defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB”. Em novembro, no entanto, o procurador-geral da República Augusto Aras enviou petição ao Supremo Tribunal Federal afirmando que foi instaurada uma notícia de fato para apuração preliminar sobre a reunião.