Relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), só conseguiu obter do presidente da Anvisa a confirmação de que Bolsonaro em nada influencia nos trabalhos da agência.
O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL).| Foto: Pedro França/Agência Senado/Ag

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), classificou como "absurda" a negociação do governo federal para compra da vacina Covaxin e afirmou que o empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, poderá ser alvo de uma condução coercitiva se não comparecer à comissão. O depoimento está marcada para esta quarta-feira (23).

Documentos do Ministério das Relações Exteriores mostram que o governo comprou a vacina indiana Covaxin por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria fabricante. A compra das doses produzidas pelo laboratório Bharat Biotech, representado no Brasil pela Precisa Medicamentos, entrou na mira da CPI.

"Nós vamos aprofundar, nesta semana teremos um olhar especial para a negociação da Covaxin, que parece absurda sobre qualquer aspecto", disse Renan Calheiros em entrevista a jornalistas no Senado. "A cada dia a Comissão Parlamentar de Inquérito tem mais dúvida sobre o caráter transparente e correto dessa negociação."