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Brasil e Estados Unidos devem assinar nos próximos dias um acordo militar inédito para as áreas de pesquisa, desenvolvimento, testes e avaliação. A formalização deve ocorrer durante visita do presidente Jair Bolsonaro ao país. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o acordo começou a ser negociado em 2017, ainda na gestão de Michel Temer (MDB), teve as tratativas aceleradas no governo atual e pode abrir o mercado de defesa externo à indústria brasileira. Conhecido pela sigla RDT&E, o acordo prevê a definição de parcerias para a realização de projetos, inclusive sugeridos pela iniciativa privada, mas custeados com verba pública, desenho que coloca no horizonte brasileiro a possibilidade de se beneficiar dos vultuosos recursos dos EUA para a defesa (o principal fundo daquele país somou US$ 96 bilhões, o equivalente a R$ 432 bilhões, em 2019. Costurado entre os dois governos, o acordo precisará do aval dos Congressos brasileiro e norte-americano para que passe a valer.
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