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Uma declaração feita em março pelo ex-ministro Ernesto Araújo ganhou destaque na sessão desta terça-feira (18) da CPI da Covid. Na ocasião, o então chanceler da gestão de Jair Bolsonaro disse que havia sido pressionado pela senadora Kátia Abreu (PP-TO) para fazer com que a tecnologia 5G de origem chinesa fosse aprovada pelo governo federal. Araújo escreveu que a parlamentar teria dito a ele que o então ministro se tornaria “o rei do Senado” se o 5G chinês fosse aprovado.
A declaração foi resgatada pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA), que perguntou a Araújo se ele mantinha o posicionamento. O ex-ministro disse que havia falado a verdade na ocasião e que não retiraria o que dissera. Horas depois, a senadora Kátia Abreu escreveu em seu perfil no Twitter que o ex-ministro "aproveitou minha ausência para me atacar pelas costas com a repetição de uma calúnia". A parlamentar participara antes da comissão, com um discurso duro contra Araújo.
Posteriormente, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), líder da bancada feminina, também questionou Araújo sobre o fato. Ele respondeu apenas que o caso já estava judicializado e que não falaria mais a respeito.