Uma pessoa ficou ferida no ataque à base federal instalada na Terra Yanomami no começo do mês, em Roraima.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Ouça este conteúdo

A base federal montada há duas semanas na aldeia Palimiú, na Terra Indígena Yanomami, no estado de Roraima, foi atacada a tiros nesta quinta-feira (23). Os criminosos teriam furado o bloqueio montado no Rio Uraricoera e atirado contra agentes do Ibama, que revidaram e feriram um dos invasores.

O local é o mesmo em que garimpeiros ilegais abriram fogo contra a Polícia Federal em maio de 2021, e onde foi instalado um cabo de aço no rio, no último dia 20, para impedir a passagem de embarcações. Segundo o Ibama, nenhum barco carregado teria passado pelo bloqueio desde então.

O instituto afirma que os criminosos desceram o rio em sete embarcações “voadeiras” carregadas com cassiterita, um dos minérios extraídos na região. “O carregamento de minério roubado da terra indígena foi identificado por drones operados pelo Ibama. Após o ataque, os criminosos fugiram”, disse em nota à imprensa.

Publicidade

"Foi um ataque criminoso programado. Todos aqueles que tentarem furar o bloqueio serão presos. Acabar com o garimpo ilegal é uma determinação do presidente Lula", disse o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

Segundo a Polícia Federal, o invasor ferido foi preso na noite de quinta (23) em um hospital da região.

O objetivo da base federal é impedir a entrada de suprimentos e equipamentos para garimpo na terra indígena, que vem sendo protegida por agentes da Força Nacional de Segurança, Polícia Rodoviária Federal e Ibama desde o começo do mês. Ainda segundo a corporação, parte do efetivo envolvido na operação Libertação foi encaminhada para a base.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]